sábado, 26 de dezembro de 2009

Festas de final de ano - equilíbrio e disciplina!


Neste período do ano fica cada vez mais difícil manter a dieta. Com tantas opções e a natural ampliação do cardápio nas ceias de Natal e Reveillon, até os mais disciplinados e seguidores de regras balanceadas de alimentação aproveitam a ocasião para sair da rotina de "sacrifícios". Essa postura de "se liberar" da dieta, nesta época, não é nenhum sacrilégio, todavia se feita com equilíbrio, pode se tornar menos pesada para a consciência e para o corpo.

A maioria dos médicos e nutricionistas concordam que relaxar em datas especiais como Natal e ano novo, de maneira geral, não prejudica a saúde, contanto que haja um equilíbrio e um pós festas de maior condicionamento físico. Para a população em geral, ou seja, aqueles que não mantêm dietas rigorosas devido a problemas de saúde constantes, como os diabéticos e hipertensos, sair da dieta e comer um pouco a mais não prejudica a saúde. O segredo é compensar essa maior ingestão de alimentos com a prática de exercícios físicos também em maior intensidade. Não somente no final de ano devemos manter uma postura saudável, mas em todos os feriados prolongados que estão quase sempre associados a encontro familiares, regados a um variado cardápio calórico. Em 2010, o Natal e o Reveillon vêm seguidos de finais de semana, fazendo com que as duas datas de possíveis exageros se estendam a um período ainda maior. É ai que mora o perigo! Como é maior o número de dias “liberados” isso sim pode ser considerado um prejuízo para a saúde.

Aumentar a ingestão de água, preferir comidas leves como saladas e grelhados não deve ser uma preocupação restrita às festas de final de ano e grandes feriados, mas sim durante todo o calendário. O vilão certamente não está nos exageros das datas comemorativas, mas sim no período que vai do primeiro dia do ano ao Natal. Comer e beber além do adequado nas festas de fim de ano pode ser compensado nas manhãs posteriores com caminhadas e exercícios físicos e muita ingestão de líquidos.

O açúcar, conhecido como um dos principais vilões da dieta, além de ser uma grande tentação, é o caminho mais curto para o desequilíbrio alimentar, principalmente nesses períodos de comemorações. Apesar disso, ele não deve ser simplesmente abolido da nossa alimentação. A ingestão de alguma torta ou doce, mesmo que altamente calórica, não transformará sua vida para sempre, se bem equilibrada durante todo o ano não trará maiores malefícios a sua saúde.

O importante é aproveitar sem exageros. Boas Festas!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O que é a doença celíaca?

A doença celíaca é uma condição crônica que afeta principalmente o intestino delgado. É uma intolerância permanente ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, centeio, cevada, aveia e no malte. Nos indivíduos afetados, a ingestão de glúten causa danos às pequenas protrusões, ou vilos, que revestem a parede do intestino delgado. Esta condição tem sido chamada por outros nomes, tais como espru celíaco e enteropatia glúten-sensível.
A doença celíaca é considerada uma desordem auto-imune, na qual o organismo ataca a si mesmo. Os sintomas podem surgir em qualquer idade após o glúten ser introduzido na dieta do indivíduo.

Quais são os sintomas da doença celíaca?
Os sintomas intestinais incluem diarréia crônica ou prisão de ventre, inchaço abdominal e flatulência, irritabilidade, e baixo ganho de peso. Os pacientes podem apresentar atraso de crescimento e da puberdade, anemia por carência de ferro, osteopenia ou osteoporose, exames anormais de fígado, e uma erupção na pele que faz coçar chamada dermatite herpetiforme. A doença celíaca em algumas pessoas pode ser assintomática.

A doença celíaca é comum?
Estima-se que 1 em cada grupo de 100 a 200 pessoas nos Estados Unidos e na Europa tenha a doença celíaca. No Brasil ainda não temos um número oficial, mas em uma pesquisa publicada pela UNIFESP, em um estudo feito com adultos doadores de sangue, o resultado apresentou incidência de 1 celíaco para cada grupo de 214 moradores de São Paulo.

Quem tem mais risco de desenvolver a doença?
As pessoas com maior risco de desenvolver a doença celíaca são aquelas portadoras de doenças auto-imunes como diabetes melito insulino dependente, tireoidite auto-imune, deficiência seletiva de IgA, Síndrome de Sjögren, colestase auto-imune, miocardite auto-imune. Portadores da Síndrome de Turner, da Síndrome de Down, da Síndrome de Williams. Ter parentes com a doença celíaca aumenta o risco de surgimento da doença. Vale lembrar que você pode ter a doença celíaca mesmo sem fazer parte do grupo de risco.

Como é diagnosticada?
A doença celíaca pode levar anos para ser diagnosticada. Muitos pacientes tem uma história de consultas com vários médicos e especialidades até serem corretamente diagnosticados. Os exames de sangue são muito utilizados na detecção da doença celíaca. A doença celíaca deve ser confirmada encontrando-se certas mudanças nos vilos que revestem a parede do intestino delgado. Para ver essas mudanças, uma amostra de tecido do intestino delgado é colhida através de um procedimento chamado endoscopia com biópsia. (Um instrumento flexível como uma sonda é introduzido através da boca, passa pela garganta e pelo estômago, e chega ao intestino delgado para obter pequenas amostras de tecido).

Como é o tratamento?
O tratamento consiste em evitar por toda a vida alimentos que contenham glúten (tais como pães,cereais, bolos, pizzas, e outros produtos alimentícios, ou aditivos, que contenham trigo, centeio, aveia e cevada). Medicamentos e outros produtos também podem conter glúten. Assim que o glúten é removido da dieta, a cura costuma ser total. Apesar da dieta sem glúten parecer extremamente difícil a princípio, algumas famílias tem tido muito sucesso com ela. É possível substituir as farinhas proibidas por fécula de batata, farinha de milho, amido de milho, polvilho doce ou azedo, farinha ou creme de arroz, farinha de araruta ou fubá. Nutricionistas e grupos de apoio podem ajudar as famílias a se ajustarem a essa dieta. Mesmo assim, pode levar vários meses até que elas se acostumem com a dieta sem glúten.
Existe uma lei federal de 2003, que determina que todas as empresas produtoras de alimentos são obrigadas a informar em seus rótulos se o seu produto contêm ou não glúten.

O que você pode esperar do tratamento?
Os pacientes podem começar a apresentar melhora 1 ou 2 semanas após o início da dieta. A intolerância à lactose causada pelo dano intestinal também diminui. Na maioria das pessoas, os sintomas desaparecem e a parede do intestino se recupera totalmente de 6 a 12 meses após o início da dieta sem glúten. Nas crianças, o crescimento e a resistência dos ossos volta ao normal. Visitas regulares a um nutricionista e a uma equipe de profissionais de saúde com experiência no tratamento da doença celíaca são importantes para ajudar a manter a dieta e monitorar possíveis complicações. Apesar de algumas pessoas serem capazes de voltar a consumir glúten sem sintomas imediatos, elas não “superaram” a doença celíaca, e não estão “curadas”. A dieta sem glúten deve ser seguida por toda a vida.

Fontes:
University of Maryland - Center for Celiac Research
http://www.semgluten.com.br/
http://www.acelbra.org.br/

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Campanha do Dia Mundial de Luta contra a Aids aborda preconceito contra soropositivos


Quem vive com HIV/aids pode trabalhar, estudar, praticar esportes, namorar, fazer sexo com camisinha, como todo mundo. Apesar de a rotina ter de se adaptar aos medicamentos e consultas, o mais difícil é ter que conviver com o preconceito. Para ajudar a mudar essa realidade, o Ministério da Saúde lançou na terça-feira, dia 1º de dezembro, a campanha publicitária com o tema sobre o preconceito e estigma, por ocasião do Dia Mundial de Luta contra a Aids.

Um beijo, protagonizado por um jovem com HIV e uma jovem que não tem o vírus, marca o filme de 30 segundos que faz parte da campanha, cujo slogan é: “Viver com aids é possível. Com o preconceito não”. Símbolo de amor e amizade, no campo da aids o beijo assume outras conotações. Mostra que não se transmite o HIV dessa forma, que pessoas soropositivas podem e devem se relacionar, entre elas ou com sorodiscordantes (uma positiva e outra não).

Na mesma ocasião foi lançada a revista AZT – a vida continua. A publicação traz 13 histórias reais que retratam a superação ao preconceito e às dificuldades enfrentadas por quem vive ou convive com HIV/aids. Resultado do concurso nacional Vidas em Crônicas, os textos vencedores representam uma homenagem às pessoas que, em três décadas de epidemia, convivem com o preconceito por causa do vírus.


O Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado no dia primeiro de dezembro, é a data sugerida pelas Nações Unidas para reforçar o compromisso político dos governos para que o mundo reflita sobre as questões que envolvem o viver com o HIV. O mundo todo está voltado, nessa data, para as ações desenvolvidas pelos países, principalmente o Brasil, cuja política na área é globalmente reconhecida.

Estima-se que 630 mil pessoas estejam infectadas pelo HIV no Brasil, sendo que mais de 200 mil estão fazendo uso do tratamento oferecido pelo SUS. A política de acesso universal aos medicamentos adotada pelo Governo Brasileiro vem possibilitando, ao longo dos anos, a melhoria da qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/aids.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

LEPTOSPIROSE


Algumas doenças estão relacionadas a eventos climáticos, como o período de chuvas. Nesse período, onde ocorrem enchentes e a água e os alimentos podem ser contaminados. A desestruturação da rede de esgoto e o acúmulo de lixo são alguns dos fatores que contribuem para a proliferação de mosquitos, baratas e ratos, potenciais transmissores de doenças infecciosas. Uma dessas doenças é mais freqüente nessas situações: a leptospirose.
Saiba mais sobre esta doença evitável.

O que é Leptospirose?
A leptospirose é uma doença infecciosa transmitida ao homem, principalmente, durante as enchentes. É causada por uma bactéria chamada Leptospira interrogans, presente na urina de ratos e outros animais. Bois, porcos e cães também podem ser contaminados e transmitir a leptospirose ao homem.
Os principais sintomas presentes são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna); podem estar presente vômitos, diarréia e tosse. Nas formas graves geralmente aparece icterícia (pele e olhos amarelos) e há a necessidade de internação hospitalar.

Como se transmite?
Durante as enchentes, a urina dos ratos, presente nos esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama. Qualquer pessoa que tiver contato com a água ou lama pode infectar-se. As leptospiras penetram no corpo pela pele, principalmente por arranhões ou ferimentos. O contato com esgotos, lagoas, rios e terrenos baldios também podem propiciar a infecção. Veterinários e tratadores de animais podem adquirir a doença pelo contato com a urina, sangue, tecidos e órgãos de animais infectados.

Qual o tratamento?
O tratamento da pessoa com leptospirose é feito fundamentalmente com hidratação. Quando o diagnóstico é feito até o quarto dia de doença, devem ser empregados antibióticos que reduzem as chances de evolução para a forma grave. As pessoas com leptospirose sem icterícia podem ser tratadas em casa. As que desenvolvem meningite ou icterícia devem ser internadas. As formas graves da doença necessitam de tratamento intensivo.
Não deve ser utilizado medicamento para dor ou para febre que contenha ácido acetil-salicílico (como AAS, Aspirina, Melhoral e similares), pois eles podem aumentar o risco de sangramentos. Os antiinflamatórios também não devem ser utilizados pelo risco de efeitos colaterais, como hemorragia digestiva e reações alérgicas. Aos primeiros sintomas, procure um médico imediatamente.

Como se prevenir?
Medidas ligadas ao meio ambiente: obras de saneamento básico (abastecimento de água, coleta de lixo adequada e sistema de esgoto bem estruturado), melhorias nas moradias e controle de roedores. Evitar o contato com água ou lama de enchentes e impedir que crianças nadem ou brinquem nessas águas. Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha. Como alternativa e na falta de luvas podem usar sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés.
A água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) mata as leptospiras e deve ser utilizada para desinfetar reservatórios de água: um litro de água sanitária para cada 1.000 litros de água do reservatório. Para locais e objetos que entraram em contato com água ou lama contaminada: diluir um copo de água sanitária em um balde de 20 litros de água.
O acondicionamento e destino adequado do lixo, armazenamento apropriado de alimentos, desinfecção e vedação de caixas d´água, vedação de frestas e aberturas em portas e paredes, etc. O uso de venenos raticidas (desratização) deve ser feito por técnicos devidamente capacitados.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

HOMEM QUE SE CUIDA NÃO PERDE O MELHOR DA VIDA


O Ministério da Saúde lançou, no segundo semestre de 2009, a Política Nacional de Saúde do Homem. O objetivo é facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde. A iniciativa é uma resposta à observação de que os agravos do sexo masculino são um problema de saúde pública. A cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. Eles vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm mais doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevadas. Por meio dessa iniciativa, o governo federal quer que, pelo menos, 2,5 milhões de homens na faixa etária de 20 a 59 anos procurem o serviço de saúde ao menos uma vez por ano.

Dê atenção a sua saúde:
- Adote uma alimentação saudável.
- Não fume.
- Evite bebidas alcoólicas.
- Pratique exercícios físicos regularmente.
- Procure a unidade de saúde mais próxima.

domingo, 25 de outubro de 2009

Qual a diferença entre produtos diet, light e zero?



Muita gente faz confusão entre os alimentos diet, light e zero, mas existem diferenças fundamentais que devem ser observadas antes de se comprar um produto/alimento com uma dessas palavras na embalagem.


Os alimentos considerados diet são aqueles em que um dos componentes nutricionais existentes no produto original foi retirado. São aqueles indicados para pessoas que têm restrições alimentares a algumas substâncias. São utilizados nas dietas específicas em que é necessário o controle de açúcar, sal, proteínas ou gorduras. Ex: alimentos com 0% de açúcar (sacarose, mel, glicose) são indicados para diabéticos, com 0% de gordura são indicados para pessoas com problemas de colesterol, com 0% de sal, são indicados para hipertensos. É por isso que ele não é o ideal para quem quer perder peso, pois é comum ver produtos desse tipo que engordam mais que os tradicionais, ou seja, possuem maior valor calórico.


Os alimentos light são aqueles que devem ter uma redução de no mínimo 25% de qualquer substância fornecedora de calorias existente no produto original. É por isso que eles são os alimentos certos para aquelas pessoas que querem perder peso, pois apesar de terem todas as substâncias encontradas no original o seu valor energético total é menor.


Os produtos denominados de zero não possuem muita diferença quando comparados aos produtos diet, neles também existe a isenção de alguma substância presente no alimento original e geralmente possuem menos calorias que os produtos originais. Se a isenção for de açúcares, o produto ainda deve apresentar valor calórico reduzido. Um caso de alimento zero são os refrigerantes, que são isentos de açúcar e possuem muito menos calorias em comparação ao produto original.

domingo, 18 de outubro de 2009

Medicamentos genéricos, de referência e similares. O que são?


Referência – medicamento inovador, único a ser produzido durante determinado período de tempo. Quando um medicamento é descoberto, a empresa faz um pedido de Proteção Patentária junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), que garante os direitos exclusivos de produção, exploração e comercialização, sem concorrência e por um período determinado.

Genérico – só pode ser produzido após expirar ou a renúncia da proteção patentária. O genérico precisa ser aprovado em testes de equivalência. Esses exames comprovam que ele é absorvido na mesma velocidade que o medicamento de referência. O genérico apresenta na embalagem apenas o nome do princípio ativo e uma tarja amarela com a letra G em tamanho grande. O Genérico pode substituir o medicamento de referência ou de marca.

Similares – São medicamentos com os mesmos princípios ativos, concentração, forma farmacêutica, posologia, via de administração e indicação terapêutica, que os de referência. Não podem substituir os medicamentos de referência na receita. Apesar de terem qualidade assegurada pelo Ministério da Saúde, os similares não passaram por análises capazes de atestar se seus efeitos são exatamente iguais aos dos medicamentos de referência. Portanto não são equivalentes. Se um balconista recomenda a troca de um medicamento de referência por um similar, não aceite. O farmacêutico, assim como o médico, pode substituir um medicamento de referência apenas pelo Genérico.

Fonte: www:saude.gov.br

terça-feira, 13 de outubro de 2009

DOE VIDA. DOE SANGUE


"Doe vida. Doe sangue". Este é o slogan usado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para suas campanhas sobre doação de sangue. A primeira campanha começou durante o Seminário Nacional de Gestão da Política de Sangue e Hemoderivados, em Belo Horizonte (MG), em dezembro de 2000. Quando foram distribuídos um milhão de folhetos e 500 mil cartazes com o slogan da campanha aos hemocentros de todo o País.

As campanhas têm o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de doar sangue de forma fidelizada (pelo menos duas vezes ao ano) e responsável. As ações da área de Sangue, outros Tecidos e Órgãos da ANVISA não se limitam apenas às campanhas de sangue. Para a Agência é importante encontrar pessoas que se tornem doadores permanentes. A Anvisa deseja conseguir a fidelização do doador, ou seja o doador que volta para doar, que doa constantemente.

Assim se atingirá a eficiência e qualidade do sangue doado. Por isso, as campanhas são apenas um dos passos da ANVISA. A doação voluntária de sangue é um objetivo de extrema importância para se alcançar "Sangue com Qualidade".

Para DOAR SANGUE é necessário:
-Estar em boas condições de saúde;
-Apresentar documento de identidade original ou fotocópia autenticada ou documento equivalente com foto e filiação;
-Ter entre 18 e 65 anos;
-Ter peso mínimo de 50 kg;
-Ter descansado no mínimo 6 horas nas últimas 24 horas;
-Não estar gripado ou com febre;
-Não estar grávida ou amamentando;
-Não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 6 horas;
-Evitar o jejum. Fazer refeições leves e não gordurosas. Em refeições fartas como o almoço e jantar, só doar após 04 horas;
-Não fumar por no mínimo uma hora antes e uma hora após a doação;
-Permanecer no serviço hemoterápico após a doação por 15 minutos;
-Não forçar o braço em que foi realizada a punção no dia da doação, para evitar sangramentos e hematomas;
-Não praticar exercícios físicos exagerados e atividades perigosas, como subir em locais altos ou dirigir veículos em rodovias após a doação.

NÃO poderá doar:
-Quem fez tatuagem, piercing ou tratamento com acupuntura nos últimos 12 meses;
-Portadores de vírus do HIV, HBV(hepatite B), HCV(hepatite C) ou HTLV;
-Pessoas que já viveram situações e/ou comportamento sexual de risco;
-Quem possui histórico de doença hematológica, cardíaca, renal, pulmonar, hepática, auto-imune, diabetes, hipertireoidismo, hanseníase, tuberculose, câncer, sangramento anormal, convulsão após os dois anos de idade ou epilepsia, sífilis, doença de Chagas ou malária;
-Quem tiver realizado cirurgia nos últimos 3 a 12 meses (depende do tipo de cirurgia);
-Usuários de drogas;
-Medicamentos contra indicados para doação de sangue;
-Anemia;
-Mulheres grávidas não poderão doar sangue.

COMO É a doação?
-Ao chegar, a pessoa é submetida ao teste de Hemoglobina ou micro-hematócrito (para verificar se doador está com anemia), verificação dos sinais vitais (pressão arterial, batimento cardíaco e temperatura);
-A pessoa passa por uma entrevista;
-Não havendo problemas, a pessoa estará habilitada à doação;
-A coleta dura em torno de 10 minutos. O volume de sangue retirado é de aproximadamente 450 ml;
-Após a doação, é oferecido um lanche que deve ser tomado no local e, em seguida, o doador é liberado.

Informações importantes:
-A doação não traz risco à saúde;
-Todo material utilizado é descartável;
-Não forçar o braço em que foi realizada a punção no dia da doação, para evitar sangramentos e hematomas;
-Mulher em período menstrual pode doar, desde que não esteja sentindo cólicas, dor de cabeça ou com fluxo muito grande;
-Quem doa sangue uma vez não é obrigado a doar sempre;
-Intervalo mínimo entre as doações: homens - 60 dias (máximo 4 vezes ao ano) e mulheres - 90 dias (máximo 3 vezes ao ano).

Fonte: ANVISA

terça-feira, 6 de outubro de 2009

AÇÕES EM TODO O PAÍS MARCARÃO O OUTUBRO ROSA


O outubro de 2009 será marcado por diversas ações promovidas pela FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama) e suas associadas para dar visibilidade às iniciativas de enfrentamento do câncer de mama e promover a consciência sobre a importância do diagnóstico precoce. Além da iluminação de prédios e monumentos em várias cidades brasileiras, também acontecerão shows, palestras, oficinas, pintura de muros, caminhadas e exposições.

O Outubro Rosa é um movimento mundial, nascido em 1997 na Califórnia (EUA). Tradicionalmente tem sido marcado pela iluminação em rosa de prédios e monumentos; pela pintura de muros, calçadas, bancos de praças; pela mudança de cor dos ambientes de sites de empresas e organizações em geral; e outras ações que a criatividade possa alimentar. Mundialmente, a campanha já iluminou a Torre de Pisa, na Itália; o Arco do Triunfo, em Paris; a Casa Branca, em Washington; e o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro; entre inúmeros outros prédios e monumentos.

Em 2008, o Brasil aderiu à campanha e, com realização da FEMAMA, foram iluminados o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, a Pinacoteca, em São Paulo, a Ópera de Arame, no Paraná, o memorial Juscelino Kubitschek, em Brasília e o Palácio Piratini e a torre da Usina do Gasômetro no Rio Grande do Sul.

Para aderir ao movimento, basta dispor-se a promover ações que marquem o mês de outubro como o mês da luta contra o câncer de mama, como por exemplo, pintura de muros, calçadas e meio fio, adaptação de sites institucionais com inserção de banner do Outubro Rosa ou disponibilização de oficinas sobre autocuidado. São ações que variam de acordo com os recursos disponíveis, seja um órgão governamental, uma empresa, uma organização social, uma escola ou uma família. Para saber mais e como participar escreva para a FEMAMA - ttb@femama.org.br

domingo, 4 de outubro de 2009

TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS CRESCEM 24,3% NO BRASIL


Dados do Ministério da Saúde mostram que o número de transplantes de órgãos realizados em todo o país, com doador falecido, subiu 24,3% no primeiro semestre de 2009 em comparação com o mesmo período de 2008. Entre janeiro e junho de 2009, foram feitos 2099 transplantes de órgãos. Em 2008, no mesmo período, foram 1688. Nesse mesmo intervalo, no que se refere a órgãos de doador falecido, houve crescimento nacional no total de transplantes de rim (30,28%) e de fígado (23,17%). Os números integram levantamento do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) que avaliou o desempenho comparativo da rede transplantadora de todos os estados nos seis primeiros meses deste ano e de 2008.

O recorte que avalia apenas as doações de órgãos de falecidos e intervivos, sem contar os transplantes de córnea e de medula, também apresenta um resultado favorável. Na comparação dos dois períodos, as cirurgias de transplantes de rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão (independentemente se doados por pessoas já falecidas ou vivas) cresceram 16,31%. Ou seja, estes procedimentos estão sendo realizados com freqüência cada vez maior, sendo que a projeção feita pelo SNT para o fim do ano indica que até dezembro o país terá realizado 12,2% a mais de cirurgias de transplantes destes tipos de órgãos que durante todo o de 2008. Apesar de ser uma projeção com base nos números levantados, a coordenadora do SNT, Rosana Nothen, esta confiante na superação desta meta em relação aos doadores falecidos, já que é esperado que a gripe interfira nos números de transplantes intervivos.

Por outro lado, considerando também as doações de falecidos, de intervivos (com órgãos retirados de pessoas vivas) e os transplantes de córnea e de medula óssea (que ao contrário do que muitos pensam não são órgãos, mas tecidos humanos), o aumento no volume de transplantes foi menor (2,83%) em todo o país no primeiro semestre de 2009 frente ao mesmo período de 2008. No total, foram realizados 9.318 procedimentos nos seis primeiros meses do ano passado contra 9.664 cirurgias de janeiro a junho deste ano. De qualquer modo, o SNT considera o resultado uma vitória, já que a análise criteriosa das informações demonstra que o aumento se sustentou, sobretudo, pelo desempenho positivo das doações de órgãos, mais complexa e que envolve a decisão familiar sobre uma situação trágica e inesperada. Isto significa que o brasileiro tem atendido o apelo do Ministério da Saúde para ajudar os que estão nas filas de transplantes.

O percentual geral não foi maior porque houve queda no número de transplantes de córneas _ foi registrada redução de 2,33% no total de cirurgias deste tipo quando confrontados os dados dos primeiros semestres de 2008 e 2009. Mas esta queda se deve principalmente ao fato de alguns estados, como São Paulo e Mato Grosso do Sul, terem conseguido zerar a lista de espera para córneas e, dessa forma, diminuíram a demanda reprimida de pacientes.

“Este percentual não significa apenas que estamos realizando menos cirurgias, mas que o sistema tem sido mais eficiente na assistência. Mesmo com a entrada de novos pacientes nas listas, algumas redes de atenção têm conseguido oferecer novas córneas com um tempo de espera menor”, pontuou a coordenadora do SNT, Rosana Nothen.

CAMPANHA - Para melhorar ainda mais este desempenho e sensibilizar outras pessoas sobre a importância de informar os familiares e amigos sobre a intenção de ser doador, o Ministério da Saúde lançou dia 27 de setembro, a Campanha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos. A campanha mostrará que não é preciso deixar nada escrito, mas, simplesmente, comunicar sua família sobre a intenção de ter seus órgãos transplantados. Com o slogan “A vida é feita de conversas. Basta uma para salvar vidas”, a nova campanha começou a ser veiculada no dia 27 de setembro, nas televisões e rádios de todo o Brasil.

“De 2004 a 2008, dobramos o nosso gasto com transplantes, mas, além de recursos materiais, precisamos do bem mais valioso e mais escasso, que são os órgãos doados. Por isso, reforçamos a necessidade da população se engajar na campanha, não somente autorizando a doação, mas também exercendo seu direito de informação e decisão sobre este assunto perante a morte de um familiar”, afirma Rosana Nothen. Em 2004, o gasto com transplantes foi de R$ 409,4 milhões e, quatro anos depois, atingiu R$ 824,2 milhões.

A lista de espera por um transplante no Brasil diminuiu 1% entre dezembro de 2008 e julho deste ano, quando 63,8 mil pessoas aguardavam por um transplante no país. No fim do ano passado, era de 64,4 mil pessoas. O aperfeiçoamento dos processos de gestão das centrais estaduais tem participação nesta redução, à medida que a listas têm sido atualizadas e pacientes recadastrados. O volume de transplantes de córneas realizados no estado de São Paulo também fez a lista geral de espera diminuir. Só no primeiro semestre deste ano, foram 2.948 córneas transplantadas apenas nos hospitais paulistas. No Brasil, foram 6.151 procedimentos desse tipo.

“Aumentar o número de doadores é o grande objetivo a ser perseguido para equacionar melhor as demandas por transplantes”, diz Rosana Nothen. O Brasil ainda apresenta uma quantidade pequena de doadores por morte encefálica por milhão de pessoas (pmp). Em 2008, a cada 1 milhão de brasileiros, havia 7,2 doadores nessa situação. No México, essa taxa era de 3,1 pmp e, na Venezuela, de 3,3 pmp. Na Argentina, a proporção era de 13,1 pmp e, em Cuba, de 16,6 pmp. Nos Estados Unidos, o índice era de 26,3 pmp, na França, de 25,3 pmp e, na Espanha, de 34,2 pmp.

Temos ainda muito o que melhorar! A vida é feita de conversas. Basta uma para salvar vidas! Para ser um doador, converse com a sua família.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Dia Nacional de Doação de Leite


Neste 1º de outubro de 2009 será comemorado, pelo sétimo ano consecutivo, o Dia Nacional da Doação de Leite Humano, uma campanha do Ministério da Saúde. Data que representa intensa mobilização para divulgação das ações dos Bancos de Leite Humano, como também para incentivo ao aleitamento materno, especialmente a doação de leite humano. As ações que estimulam a utilização de leite humano pelas crianças menores de dois anos de idade contribuem para reduzir a desnutrição, a morbidade e a mortalidade infantil.

Fonte: http://www.saude.gov.br/

sábado, 26 de setembro de 2009

ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO & DOENÇAS


Os animais de estimação são muito úteis; eles acalmam, favorecem a sociabilidade, amenizam a hipertensão arterial e podem trazer muitos benefícios aos seus cuidadores e proprietários, porém exigem precauções importantes. Ser um animal dócil não é o único atributo para permitir que uma criança tenha sua companhia. Mesmo o pequeno animal com vacinas em dia e dócil pode ser portador de agentes responsáveis por doenças graves. Os gatos, por exemplo, podem transmitir a toxoplasmose, para a qual não há vacinas. Além disso, crianças pequenas não sabem os cuidados higiênicos para evitar contato com as secreções e as excreções dos animais.

Todos os donos de animais de estimação estão sujeitos ao desenvolvimento de zoonoses. As zoonoses são doenças e infecções naturalmente transmitidas entre animais e homens. Para a prevenção das zoonoses a imunização e o controle de ecto e endoparasitas são necessários. A vacinação anual de cães e gatos protege os animais e seus proprietários contra diversas enfermidades, como por exemplo a leptospirose. Porém, existem zoonoses para as quais não se tem a imunização efetiva dos animais, como a leishmaniose e a melhor conduta é mesmo a prevenção.

Dois grupos são particularmente de maior risco para a aquisição de zoonoses: as crianças abaixo dos 5 anos e as gestantes.

As crianças com menos de 5 anos de idade são as mais propensas a adquirir estas infecções. Por não terem consciência dos bons hábitos de higiene e saúde, através do toque e contato com superfícies e materiais contaminados, ingerem microorganismos causadores dessas enfermidades. Como o sistema imunológico ainda não está completamente desenvolvido, aumenta a possibilidade de adquirirem um processo infeccioso mais sério. Há ainda a preocupação com as chupetas, que podem cair em locais que contenham resíduos procedentes dos animais e as crianças podem recolocá-las na boca. Com isso, é orientado que crianças com menos de 5 anos de idade não fiquem sozinhas com animais e, se entrarem em contato, mereçam atenção e cuidados especiais, os quais devem ser redobrados se tais animais não tiverem dono ou se enquadrarem no tipo “semi de rua”, ou seja, aquele animal que embora possua uma residência fixa, tem livre acesso à rua, sendo assim um potencial vetor de zoonoses.

As gestantes podem contrair várias doenças. Uma delas, a toxoplasmose, que embora fora do período gestacional traga poucas repercussões, se contraída pela primeira vez nesta fase da vida, pode trazer conseqüência graves e até mesmo o óbito fetal. O médico obstetra tem particular preocupação com a orientação de gestantes devido ao risco de contaminação quando em contato com os felinos domésticos.

Existem algumas orientações que diminuem os riscos à sua saúde:
- Usar luvas de borracha e lavar bem as mãos após fazer jardinagem. A forma infectante do parasita da toxoplasmose pode viver por longos períodos de tempo na areia onde os gatos defecam;
- Usar luvas e lavar a caixa de areia do gato diariamente para que os ovos do toxoplasma não cheguem à etapa infectante;
- Lavar bem as mãos após ter contato com um gato;
- Evitar ingesta de carnes mal passadas, sempre bem cozidas;
- Beber leite pasteurizado, nunca cru;
- Lavar muito bem as mãos após manipular carnes e vegetais crus e antes de servi-los;
- Solicitar ao seu médico orientações sobre potenciais doenças durante a gestação e imunizações adequadas;
- Solicitar ao veterinário o máximo de orientações sobre cuidados que devem ser tomados com seu animal de estimação.

Apesar do conhecimento dos riscos existentes neste convívio, sabemos a importância da interação dos animais na vida de crianças e adultos, o que nos mostra ser fundamental as precauções para que possamos continuar esse contato saudável entre humanos e animais domésticos.

sábado, 19 de setembro de 2009

SETE DICAS PARA LARGAR O HÁBITO DE FUMAR


Em 1965 os americanos que compravam o cigarro de todo dia passaram a ter em mãos maços com os dizeres "Cuidado: o tabagismo pode ser perigoso para a sua saúde". A lei, que entrou em vigor na metade da década de 60 no País, foi criada no dia 24 de junho de 1964 e comemorou este ano 45 anos. O objetivo era atentar os fumantes para os perigos que as cerca de 4.720 substâncias tóxicas existentes na fumaça do cigarro representam à saúde.

Dados do Ministério da Saúde estimam que cerca de 200 mil brasileiros morrem anualmente em decorrência do tabagismo. É o fumo ainda que aumenta em dez vezes os riscos de câncer de pulmão, e em cinco as chances de infarto ou bronquite crônica, e de enfisema pulmonar.

O tratamento do tabagismo é regulado pela Portaria Nº 1035/GM, de 31 de maio de 2004, regulamentada pela Portaria SAS/MS/Nº 442 de 13 de agosto de 2004, e pode ser feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Àqueles que consomem mais de um maço por dia ou que fumam há décadas, o ideal é que procurem ajuda médica para largar o vício. "O tabagismo é uma doença. Nem todo mundo consegue parar de fumar sozinho, às vezes é preciso ajuda especializada", defende a cardiologista Jaqueline Issa, diretora do Ambulatório de Tratamento de Tabagismo do Incor de São Paulo.

Mas, aos chamados fumantes sociais, de fim de semana, ou que tem um consumo baixo de cigarros durante a semana, algumas dicas podem ajudar a apagar a última bituca no cinzeiro de casa. Confira abaixo sete dicas elencadas pela Dra. Jaqueline:

1) Tome a decisão definitiva de parar de fumar. Dúvidas como "Por que vou parar de fumar se vou morrer mesmo" ou "Fulano morreu e nem fumava" não levam a lugar algum e minam as chances de sucesso. Portanto, tenha em mente que você realmente quer parar.

2) Avalie seu grau de dependência. É importante ter a percepção de que você tem chances de conseguir parar de fumar sozinho ou se precisa de ajuda médica. Rotina e programas sociais contam muito na decisão.

3) Elabore uma estratégia, considerando circunstâncias que podem ser mais adequadas. Será que não fica mais fácil dar o primeiro passo nas férias, longe dos fumantes do trabalho? Ou o melhor é na rotina sobrecarregada da profissão? Escolha o que é melhor para você.

4) Inicie o processo de redução. Ir diminuindo o número de cigarros consumidos por dia pode ajudar a amenizar os sintomas da abstinência quando o dia D chegar.

5) Mude seus hábitos e faça exercícios físicos. É importante evitar situações "de risco", como happy hour e danceterias, lugares em que muita gente vai estar fumando ao seu redor. A prática de esportes com regularidade melhora sua qualidade de vida e a saúde do seu organismo.

6) Use pastilhas e gomas de nicotina. Vendidos sem prescrição médica, eles devem ser encarados como uma substituição ao cigarro. Esses subterfúgios ajudam a perder o hábito de fumar, principalmente em ambiente sociais.

7) É quase certo, que a ansiedade de quem está parando de fumar suba às alturas. Algumas dicas parar enfrentar os picos são: escovar os dentes com frequência, comer frutas, ter algo em mãos para poder rabiscar. Não fique parado. Quando a ansiedade bater, converse com alguém e tente se distrair.

Fonte: Sociedade Brasileira de Hipertensão - http://www.sbh.org.br/

sábado, 12 de setembro de 2009

Endometriose: você pode ter


Endometriose é uma das condições ginecológicas benignas (não neoplásicas) mais comuns. Caracteriza-se pela presença do endométrio (tecido que reveste o interior da cavidade uterina) fora do seu local normal, ou seja, em outras partes do útero ou em outros órgãos da pelve, mais comumente nas trompas uterinas, ovários, ligamentos, intestinos e bexiga (ver figura acima).

É conhecida como a doença dos contrastes, pois apesar de ser uma doença benigna, pode ter conseqüências importantes. O seu principal sintoma é a dor pélvica no período perimenstrual.

É uma condição dolorosa, pois mesmo se localizando na parte externa do útero, sofre a influência das oscilações hormonais. Isso significa que os focos de tecido endometrial, localizados fora do seu habitat natural, continuam sendo estimulados mensalmente, pela ação hormonal do ciclo menstrual e funcionam como “corpo estranho” ao local de implantação, provocando reação inflamatória ao redor de si, causando dor no período menstrual. Com o tempo, o processo inflamatório desencadeia a formação de aderências ao redor do foco de endometriose entre as estruturas vizinhas (intestinos e peritônio), dificultando a mobilidade e função da estrutura acometida, causando dor pélvica crônica e até infertilidade.

Embora você possa nunca ter ouvido falar dela, considera-se que a endometriose afete uma em cada dez a quinze mulheres em idade reprodutiva. A endometriose é freqüentemente diagnosticada pelos médicos durante a consulta ginecológica, durante algum procedimento cirúrgico ou na realização de exames de investigação de infertilidade. Para cada cinco mulheres que estejam tendo dificuldade para engravidar, duas têm endometriose. Caso sua mãe ou irmã tenham diagnóstico de endometriose, é sete vezes maior a chance de você também ter esse problema. Infelizmente, muitas mulheres deixam de procurar ajuda médica, acreditando que seus sintomas sejam normais, culpando a TPM. Outras não apresentam sintomas e só vão ter um diagnóstico quando iniciam a tentativa de engravidar. Sabe-se que a endometriose não é uma doença transmissível e não há até o momento maneira de realizar a sua prevenção.

Não existe explicação bem definida para a causa da endometriose, porém há duas teorias que podem estar envolvidas com o seu desenvolvimento: fragmentos do tecido que reveste o útero, ao se desprenderem durante a menstruação, vão para o exterior do útero pelas tubas uterinas; no peritônio, algumas áreas de células no exterior do útero transformam-se em áreas de endometriose sob a influência das oscilações hormonais do ciclo menstrual.

O sintoma mais associado a endometriose é a dor, que ocorre, em geral, na parte inferior do abdômen e na pelve e pode fazer com que a relação sexual seja dolorosa. A dor começa, com freqüência, antes do início da menstruação, piorando progressivamente até o início do sangramento, diminuindo, gradativamente, após. Se os implantes de endometriose estiverem localizados na bexiga ou no intestino, poderam causar sintomas urinários (ardência ou dor ao urinar) ou intestinais (diarréia ou evacuação dolorosa) durante a menstruação.

A dor, que é crônica, pode levar a problemas como cansaço, perda do sono, alterações de humor, depressão, tensão pré-menstrual e dor lombar. É importante causa de faltas ao trabalho.

O diagnóstico da doença é feito por uma operação que se chama laparoscopia, que permite ao médico examinar a parte externa do útero e os órgãos circunvizinhos a ele (veja foto abaixo).

Se você se identificou com o que acaba de ler, procure o seu médico. Quanto mais precoce for a intervenção, melhores serão os resultados no controle da doença e no futuro reprodutivo.

Fonte: http://www.endometriose.org.br/ e Livro: Rotinas em Ginecologia (HCPA/FAMED/UFRGS).

quarta-feira, 9 de setembro de 2009


O Ministério da Saúde lança a segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite no dia 19 de setembro. A meta é atingir cerca de 14,7 milhões de crianças – o que representa 95% das crianças menores de cinco anos. Em torno de 115 mil postos de vacinação, em todo o país, estarão envolvidos no processo. Leve o seu filho!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

ESTÁ NA NOVELA: O QUE É ESQUIZOFRENIA?


A esquizofrenia é uma doença que causa um sério transtorno no funcionamento cerebral, caracterizada pela perda parcial ou total do contato com a realidade, condição conhecida no meio médico como psicose. É um quadro complexo, apresentando sinais e sintomas nas áreas do pensamento, percepção e emoções.O número de pacientes atingidos pela esquizofrenia está em torno de 1% da população, não havendo uma tendência a acometer de forma diferente os sexos ou raças, as primeiras manifestações ocorrem entre os 15 e 35 anos de idade, sendo que nos homens se manifesta entre 15 e 20 anos e nas mulheres entre 25 e 30 anos. Os filhos de indivíduos esquizofrênicos tem uma chance de aproximadamente 10% de desenvolver a doença.

No Brasil, são registrados aproximadamente 50 a 55 mil casos por ano. Por ser uma doença grave e debilitante, isto é, o paciente vai perdendo as capacidades de trabalho e de relacionamento com as pessoas, é comum que ocorram várias internações ao longo da evolução da doença. Segundo a OMS, a doença afeta cerca de 24 milhões de pessoas em todo o mundo e mais de 50% destes doentes não recebem tratamento adequado, sendo que 90% dos pacientes sem tratamento adequado estão nos países em desenvolvimento. Além disso, a esquizofrenia está entre as dez principais causas de incapacidade no mundo de acordo com a OMS.

Causas e Sintomas
Hoje em dia o modelo mais aceito para a causa da esquizofrenia reúne fatores genéticos e ambientais. Ele é teórico e, embora reúna muitas evidências científicas, ainda não é a conclusão definitiva sobre a origem da doença.
De acordo com ele, uma pessoa somente desenvolve a esquizofrenia se houver, de um lado, uma herança genética (predisposição) e, de outro, fatores ambientais de risco, capazes de torná-la biologicamente vulnerável para o transtorno.
Na maioria dos casos, a esquizofrenia se manifesta através de delírios, alucinações, alterações afetivas e alterações cognitivas.Os delírios são crenças falsas que não se desfazem apesar de se tentar apresentar a realidade ao portador da doença; já as alucinações são percepções que não existem, tais como vozes dentro da cabeça que comandam, comentam e dão ordens ao paciente; existem alterações afetivas em que o paciente apresenta comportamentos inadequados aos estímulos que recebe (por exemplo, rir ao receber a notícia de morte de um ente querido ou chorar ao saber que fará uma viagem agradável de férias); ocorrem ainda as alterações cognitivas, ou seja, problemas para se expressar com a linguagem falada e escrita, esquecimentos e empobrecimento para a comunicação.

Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é essencialmente clínico, isto é, não há exame que seja necessário para que o médico chegue à conclusão de que o paciente tem esquizofrenia.
Os objetivos do tratamento são: reduzir sintomas de delírio e alucinação, evitar surgimento de novos episódios de doença e melhorar o funcionamento familiar, social e laboral do paciente. As drogas que tratam a esquizofrenia são conhecidas pelo nome de antipsicóticos. Além disso, é necessária a reabilitação e as atividades de apoio comunitário. A psicoterapia também tem papel importante no tratamento. O apoio dos familiares se torna fundamental para a inclusão do doente na sociedade, evitando a discriminação.

Fontes:
(site dedicado a familiares e portadores de esquizofrenia)

domingo, 23 de agosto de 2009

VOCÊ TEM RINITE?



Com a chegada da primavera, uma das doenças que pode aparecer com maior frequência é a rinite. A rinite é uma inflamação da mucosa do nariz que pode ocorrer de forma repetida. A causa mais comum é a sensibilização aos alérgenos inalantes, em especial a poeira domiciliar e os ácaros. Ela pode ser ainda classificada em alérgica e não alérgica.

A alergia é uma situação na qual o organismo apresenta uma resposta imunológica (de defesa) diferente da resposta protetora esperada, causando alterações indesejáveis. O termo “alergia” vem do grego “allos”, que significa alterações do estado original. Então, a alergia é uma reação específica do sistema de defesa do organismo à substâncias normalmente inofensivas. Pessoas que tem alergias frequentemente são sensíveis a mais de uma substância.

Quais as principais causas das Rinites Não Alérgicas?
As rinites não alérgicas podem ser causadas por: irritantes; bactérias e vírus; alterações motoras dos vasos do nariz (rinite motora); uso de medicamentos por tempo prolongado, principalmente os descongestionantes nasais tópicos; presença de pólipos nasais; rinites estruturais ou anatômicas, entre outras menos comuns.

Quais são os sinais e sintomas da Rinite Alérgica?
Espirros repetidos; coriza líquida, clara e abundante; coceira no nariz, nos olhos, nos ouvidos, no céu da boca e na garganta; nariz entupido e congestionado; olhos vermelhos, irritados, lacrimejando e coçando; secreção escorrendo da parte de trás do nariz para a garganta, que pode provocar pigarro ou tosse persistente (gota pós nasal); dificuldade para sentir odores ou sabores o que pode influenciar na diminuição do apetite; tosse crônica noturna; infecções respiratórias de repetição como sinusites, amigdalites, faringites e otites de repetição. É uma doença onde as pessoas costumam se auto medicar, e antes que você corra para tomar um anti gripal quando apresentar estes sintomas, considere que você possa ser alérgico.

O que devemos fazer para controlar a Rinite? Tem cura?
Além do incômodo que ela acarreta no seu dia-a-dia, prejudicando inclusive seu desempenho no trabalho e seu bem-estar, a rinite alérgica é considerada um fator de risco para asma. Estima-se que cerca de 75 a 80% dos pacientes com asma tenham rinite alérgica associada. Quando mal controlada também predispõe ao desenvolvimento de infecções respiratórias de repetição como otites, sinusites e amigdalites. Os medicamentos usados não curam a rinite, mas controlam seus sintomas. O tratamento é baseado no tipo de rinite que o paciente apresenta. Às vezes são necessárias várias tentativas para saber qual o melhor medicamento para determinada pessoa, mas existem várias opções e seu médico vai achar aquela que melhor se adapta ao seu caso. Por este motivo, a prevenção é fundamental. Para isto, devemos evitar o contato com as substâncias que causam alergia.

Existe tratamento com vacinas para a rinite?
A imunoterapia é eficaz, mas funciona somente em pacientes com rinite alérgica. O paciente deve ter o teste alérgico positivo para os antígenos usados nas vacinas. A aplicação das vacinas deve seguir critérios médicos e serão usadas por tempo prolongado. É provável que a necessidade do uso de medicamentos diminua, porém os cuidados ambientais deverão sempre ser mantidos.

Quais os cuidados que devo ter?
Evitar o contato com as substâncias que causam alergia; frequentar ambientes limpos e arejados; fazer sempre lavagens nasais com soro fisiológico ou soluções salinas vendidas em farmácias; utilizar produtos para higiene pessoal sem odores fortes, corantes ou substâncias artificiais desnecessárias. O sabonete e shampoo de glicerina são os mais indicados, pois causam menor irritação; o colchão e o travesseiro devem ser de espuma e cobertos com capa protetora; a limpeza dos quartos deve ser realizada pela manhã, pois até a noite as partículas dispersas no ar e os ácaros vão estar no chão e não “flutuando” no ambiente. Se possível, deve-se evitar animais dentro de casa.

Fontes: II Consenso de Rinites (Rev. bras. alerg. imunopatol. 2006); http://www.projetodiretrizes.org.br/; http://www.abc.med.br/

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O envelhecimento no mundo


O envelhecimento populacional é hoje um fenômeno universal, característico tanto dos países desenvolvidos como, de modo crescente, no Terceiro Mundo. Desde a década de 50, a maioria dos idosos vive em países do Terceiro Mundo, fato ainda não apreciado por muitos que continuam associando velhice com os países mais desenvolvidos da Europa ou da América do Norte.

Entre os 11 países com as maiores populações de idosos daqui a quarenta anos, 8 situam-se na categoria de países em desenvolvimento, de acordo com os critérios atuais. Haverá, portanto, uma substituição: as grandes populações idosas dos países europeus, cedendo lugar a países caracteristicamente jovens como a Nigéria, Brasil ou Paquistão.

Em termos práticos, o aumento é sem precedentes. Por exemplo, no Brasil, o aumento da população idosa será da ordem de 15 vezes, entre 1950 e 2025, enquanto o da população como um todo será de não mais que cinco vezes no mesmo período. Tal aumento colocará o Brasil, no ano 2025, com a sexta população de idosos do mundo em termos absolutos.

A principal razão associada a esse drástico declínio é a elevação do nível de vida da população, traduzido pela urbanização adequada das cidades, melhoria nutricional, elevação dos níveis de higiene pessoal, melhores condições sanitárias em geral e, particularmente, condições ambientais no trabalho e nas residências muito melhores do que no passado. Todos esses fatores já estavam presentes quando, no final da década de 40 e início dos anos 50, foram introduzidos os exames radiográficos, as vacinas e drogas potentes que tiveram importante papel na redução na mortalidade.

É dentro desse contexto que se insere a geriatria, a área da medicina que cuida da prevenção e o tratamento de doenças e da incapacidade em idades avançadas. O termo deve ser distinto de gerontologia, que é o estudo do envelhecimento em si.

Geriatras são médicos especializados no cuidado com o idoso e têm sua formação como generalista (medicina interna) e a seguir são treinados nos aspectos específicos da saúde do idoso. Os geriatras têm de passar por um exame de qualificação para a especialização para obter um título ou certificado de especialista.

A capacidade funcional ao longo da vida vai reduzindo, na terceira idade é importante manter independência e prevenir incapacidade, por isso, reabilitar é garantir qualidade de vida.
Nesta fase da vida é importante focar sempre na prevenção, pois nem sempre o indivíduo irá manifestar sintomas de doença, até o idoso aparentemente saudável requer cuidados, pois as manifestações de doenças nos idosos são atípicas, sub-clínicas, com sintomas inespecíficos e geralmente não relatados, o início é insidioso e é muito fácil “perder” um diagnóstico. As principais ocorrências no idoso são (os gigantes da geriatria – 5 “I”s: instabilidade, incontinência, iatrogenia, imobilidade e insuficiência): imobilidade, insuficiência cognitiva, iatrogenia, instabilidade e quedas, incontinência, delírio, demência e depressão.

O planejamento para a prevenção de doenças nos idosos consiste em:
· Corrigir os hábitos deletérios (alimentação não balanceada, inatividade física, tabagismo, obesidade, abuso de drogas);
· Fazer diagnóstico e tratamento adequado das doenças;
· Usar medicamentos racionalmente (prescrição consciente, início e término, respeito à orientação, uso x abuso, evitar auto-medicação, efeitos “mágicos”);
· Ampliar a rede de suporte social (rede de apoio);
· Não deixar que o idoso crie expectativas. Rejeitar a fantasia do “rejuvenescimento ou da eterna juventude”;
· Adequar o ambiente doméstico, diminuindo assim o risco de acidentes como quedas e suas conseqüências, muitas vezes de prognóstico sombrio;
· Educar os cuidadores dos idosos dependentes, bem como reconhecer o seu adoecimento;
· Estar atento aos sinais de maus tratos e denunciá-los.

Autor:
Dr. Carlos Marcos Tavares
Clínica médica e Geriatria

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

CIGARRO VERSUS SAÚDE



“ A preocupação das entidades médicas é cada vez maior, pois o tabaco tem alto poder de causar dependência química e o início tem sido muito precoce, atingindo principalmente jovens crianças”, analisa o conselheiro do CRM-PR Dr. Marco Antonio Bessa. Ele diz que a tendência é que uma pessoa que fuma por três meses irá fumar durante 30 anos e ressalta que o tabagismo é a terceira causa evitável de morte. “ Além disso, está relacionado às três principais doenças mortais: Infarto do miocárdio, cânceres e AVC”, completa.

Estudo recente da Fundação Oswaldo Cruz (Fio Cruz), realizado ano passado, aponta que são gastos mais de R$500 milhões em atendimento pelo SUS a pacientes com problemas relacionados ao tabaco. “ Este valor, gasto em tratamento de ex-fumantes, supera o montante arrecadado em impostos pela venda de cigarros”, confirma.

Estudos científicos atestam que o uso de cigarro aumenta a probabilidade de ocorrência de algumas doenças, como a pneumonia, o câncer de pulmão, problemas coronarianos, bronquite crônica, além de câncer em regiões do corpo que entram em contato direto com a fumaça (garganta, língua, laringe e esôfago).

Também indica que o risco de ocorrência de infarto do miocárdio, angina e derrame cerebral é maior nos fumantes quando comparado aos não fumantes. Existem ainda evidências de que a nicotina pode provocar ainda úlceras gastrointestinais. Além disso, estima-se que o hábito de fumar também tem relação com acidentes de trânsito.

Fonte: Jornal do CRM Paraná, número 80 - 2009

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Porque fazer o exame preventivo do câncer de colo do útero?


O objetivo principal do exame é detectar o câncer de colo do útero em estágio inicial ou anormalidades nas células do colo que podem estar associadas ao desenvolvimento deste tumor.

Neste exame são coletadas células do colo do útero por uma simples raspagem indolor, durante o exame ginecológico. Existem vários nomes para o mesmo exame: preventivo, exame citopatológico, exame colpocitológico, exame de Papanicolaou ou citologia oncótica.

Este exame também pode encontrar condições não cancerígenas, como infecções virais no colo do útero causadas pelo HPV (papiloma vírus humano) e herpes, infecções vaginais causadas por fungos, como a candidíase ou por bactérias, como o Trichonomas vaginalis. Pode ainda dar informações sobre os níveis hormonais, principalmente sobre a ação do estrogênio e da progesterona na mulher.

É recomendado para todas as mulheres sexualmente ativas, independentemente da idade. Deve ser iniciado pelo menos 3 anos após início da vida sexual ativa ou antes dos 21 anos de idade (o que acontecer primeiro).

A coleta pode ser interrompida aos 65 anos, se houver 3 exames anteriores normais e se a paciente não tiver história passada de câncer de colo.

O intervalo entre os exames varia entre um e três anos baseado na presença de fatores de risco, tais como: início precoce da atividade sexual, história de múltiplos parceiros sexuais, nível socioeconômico baixo, história de parceiro com infecções genitais, passado de câncer de vulva ou de vagina, parceiro com história de câncer de pênis, tabagismo e imunodepressão (p. ex. HIV). Se algum destes fatores estiver presente, é recomendado que a coleta seja anual.

O melhor momento para a realização do exame é pelo menos uma semana antes da menstruação. Deve ser evitado o uso de cremes ou duchas vaginais por 48 horas anteriores ao dia do exame e não ter relações sexuais por pelo menos 24 horas antes do procedimento.

É um exame bastante simples. A mulher fica na posição ginecológica (deitada, com os joelhos dobrados e as pernas afastadas), o médico introduz um espéculo (de metal ou de plástico) na vagina, retira material do colo do útero e encaminha para análise.

Não há dor durante o exame, algumas mulheres sentem um leve desconforto. É importante manter-se relaxada durante o procedimento para facilitar a introdução do espéculo. Como é coletado material do colo do útero, às vezes, pode ocorrer um leve sangramento no local.

Se o resultado mostrar células normais, não é necessário nenhum tratamento. Geralmente haverá escrito: negativo para células malignas. Caso haja alguma alteração, o ginecologista irá orientar um tratamento específico. Para maiores informações consulte o seu médico.

Fontes:
National Cancer Institute / U.S. National Institutes of Health - http://www.cancer.gov/
Agency for healthcare Research and Quality / U.S. Preventive Services Task Force - http://www.ahrq.gov/

sábado, 8 de agosto de 2009

O bebê está com cólica. E agora?


Quando o bebê chora, geralmente quer expressar algum tipo de desconforto. Ele pode estar com fome, sede, calor, frio, as fraldas podem estar molhadas, o choro pode representar alguma dor existente ou simplesmente ele quer atenção. Todos esses aspectos devem ser verificados, a fim de aliviar o desconforto.

As cólicas são um dos maiores desconfortos que um bebê pode apresentar. Estas são muito frequentes desde o nascimento, principalmente após os 15 primeiros dias de vida podendo atingir o final do terceiro mês. Raramente ocorrem após os seis meses de idade. O bebê nessa situação chora muito e contrai os músculos da barriguinha, fica com o rosto avermelhado e faz caretas, as pernas encolhidas e bastante irritado. A primeira impressão dos pais é que nada vai aliviar o sofrimento do bebê. Esta situação costuma iniciar no final do dia, por volta das 18 horas e ceder em torno das 22 horas.

Quais são as causas das cólicas no bebê?
As principais causas envolvem a imaturidade do sistema digestivo do bebê, essa imaturidade faz com que as paredes intestinais se contraiam e relaxem sem controle e isso pode resultar na produção de gases levando à cólica; técnicas incorretas de amamentação, levando o bebê a ingerir ar durante as mamadas; o uso de fórmulas lácteas em concentrações inadequadas – muito concentradas; alguns autores associam o uso de chupeta à presença de cólicas; ansiedade e insegurança dos pais; algum tipo de alergia alimentar.

Devemos lembrar que os bebês que são alimentados com fórmulas lácteas precisam receber uma pequena quantidade de água pura além das mamadas. Os que são alimentados exclusivamente ao seio, não precisam receber água, somente o leite materno até o sexto mês de vida.

A ingestão de alguns alimentos pela mãe é popularmente associado ao surgimento de cólicas no bebê, porém isso não tem comprovação científica até o momento, embora algumas mulheres relatem esta associação.

O que fazer para aliviar as cólicas?
Fazer uma massagem no abdome no sentido horário, seguida da flexão das pernas para ajudar a eliminação de gases; colocar compressas mornas sobre a barriga - tomando cuidado com a temperatura para não queimar a pele sensível do bebê; utilizar técnicas corretas de amamentação; dar um banho morno, pois alguns bebês sentem-se relaxados e felizes após o banho; manter o bebê em um ambiente silencioso e com luz suave e tentar passar tranquilidade nos momentos de choro e irritação da criança.
O uso de medicamentos como os antiespasmódicos só devem ser usados com a orientação do pediatra que acompanha o bebê.
O mais importante para os pais é saber sobre o caráter benigno e passageiro das cólicas. Elas não oferecem riscos à saúde, não interferem no crescimento da criança e desaparecem por volta do final do terceiro mês de vida.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Influenza A (H1N1) & Gravidez – Assunto delicado.


A gripe do vírus tipo A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína, já é uma dura realidade a ser enfrentada. Apesar de ser parente bem próximo do vírus causador da gripe comum (muito frequente nessa época do ano - inverno) seus sintomas podem ser mais severos e graves, resultando em complicações que também podem levar à morte.

Autoridades sanitárias vem demonstrado uma preocupação especial com as gestantes e não é para menos. No Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, tem ocorrido grande número de internações nos hospitais municipais e estaduais com suspeita da nova gripe. O mais grave: a evolução da doença neste grupo de pacientes tem se mostrado preocupante, pois os sintomas, principalmente os respiratórios tendem a se agravar muito rapidamente.

A grande questão é: o que a gripe tipo A tem de tão diferente da gripe comum? Alguns especialistas tem relatado que o vírus da gripe suína parece ser mais "habilidoso/esperto" que o da gripe comum. Há indícios que este novo vírus se espalha mais rapidamente e, ao que parece, independente das condições do clima ou estações do ano. Outra característica que diferencia esse novo vírus é a sua agressividade. Há estudos que relatam que o vírus é capaz de atacar as células pulmonares de forma mais agressiva, levando a complicações mais graves e de maneira mais rápida do que a gripe comum.

Sabe-se que durante a gravidez, há uma maior susceptibilidade a infecções, pois a gestante apresenta uma diminuição da sua imunidade. Órgãos importantes como os pulmões e o coração também sofrem adaptações para garantir as novas necessidades da mãe e do bebê. O sistema imunológico na gravidez está com suas respostas alteradas, algumas doenças tendem com isso a surgir pela primeira vez nesta fase e em outras ocorre um agravamento das existentes. O Vírus da gripe pode com isso aproveitar o momento de baixa imunidade e contaminar a gestante.

O que as gestantes devem fazer para evitar o contágio pela nova gripe?
As medidas de prevenção incluem: evitar lugares fechados e com pouca ventilação, evitar lugares frequentados por muitas pessoas, lavar sempre muito bem as mãos ou utilizar álcool gel; máscaras protetoras em algumas condições são necessárias, além de evitar o contato com pessoas gripadas são medidas fundamentais para conter o avanço desta epidemia.

Atenção:
Se você está grávida e apresentar qualquer sintoma gripal como febre alta (>38 graus) OU tosse OU falta de ar, entre imediatamente em contato com o seu médico ou procure um posto de saúde. O diagnóstico e tratamento precoces com o medicamento correto são fundamentais para evitar complicações para a gestante e seu filho.

domingo, 2 de agosto de 2009

O que é Corrimento vaginal e como podemos evitá-lo?


O que é?
É Caracterizado pela saída de secreção vaginal anormal (corrimento) que pode ou não apresentar cheiro desagradável e ainda estar associada a uma irritação da vagina ou vulva. Pode estar acompanhada de prurido (coceira), ardência ou aumento da freqüência urinária.

Como é feito o diagnóstico?
É feito pelo ginecologista através da história clínica da paciente, exame ginecológico e eventualmente exames complementares. As características do corrimento ajudam muito na identificação do agente causal, por este motivo, uma visita ao ginecologista é muito importante para solucionar o problema.

Quais são as causas?
As mais comuns são: as infecções vaginais, as infecções do colo do útero e as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Na infância, são comuns as vulvovaginites inespecíficas causadas por uma higiene inadequada e pela maneira incorreta de realizar a higiene após a evacuação - que sempre deve ser feita de frente para trás, evitando o contato de fezes com a vagina. Na gravidez, em algumas mulheres, há aumento da secreção vaginal e isso não significa necessariamente uma alteração a ser tratada.

Orientações para evitar o corrimento vaginal:
- Utilizar roupas que não comprimam a região genital. As calças devem ser mais largas, de tecidos leves e não sintéticos.
- Evite o uso excessivo de tecidos sintéticos e jeans.
- Dar preferência para o uso de calcinhas de algodão. Evite tecidos sintéticos como lycra/nylon. - Uma boa opção é aproveitar o período noturno para deixar a pele da região genital “respirar”, para isso, a mulher pode dormir sem calcinha.
- Roupas íntimas devem ser lavadas com sabão de côco ou sabão neutro. O uso de amaciantes e água sanitária é contra-indicado, já que esses produtos aderem à fibra do tecido e podem levar ao desenvolvimento de vaginites químicas.
- Procure imediatamente um ginecologista no início dos sintomas e jamais use medicamentos por conta própria.
- Para a higiene íntima use sabonete neutro ou produtos apropriados para a higiene da região genital. Evite os sabonetes comuns e os que contém cremes hidratantes ou corantes.
- Evite desodorantes íntimos e produtos como talcos ou perfumes.
- Duchas vaginais podem retirar a proteção natural da vagina, favorecendo o crescimento de fungos ou bactérias, devem ser evitadas.
- Seque a roupa íntima em locais secos e arejados, de preferência expostas ao sol. E passe com ferro as calcinhas antes do uso.
- Evite ficar muito tempo com biquinis molhados.
- Para depilação da região genital deve sempre ser usada cêra descartável e observar as condições de higiene do local que oferece o serviço.
- Durante a menstruação, troque o absorvente quantas vezes forem necessárias, dependendo do fluxo e com um mínimo de três vezes ao dia.
- O uso de absorventes diários não é recomendado. Eles impedem a transpiração da região genital, favorecendo o crescimento de fungos e bactérias.
- Absorventes internos podem ser usados desde que trocados regularmente.
- Evite papel higiênico colorido ou perfumado, eles podem agredir a mucosa genital. Prefira sempre que possível uma higiene com água corrente e o uso de uma toalha delicada após.
- Um lubrificante íntimo pode ser uma boa alternativa para manter a lubrificação da mulher durante a relação sexual.
- Procure um ginecologista regularmente para realizar exames ginecológicos preventivos. Não use medicamentos por conta própria. A auto-medicação é uma das principais causas de corrimentos crônicos e de difícil tratamento.
Adaptado de www.abc.med.br

quinta-feira, 30 de julho de 2009

O que fazer para prevenir o câncer?


A World Cancer Research Fund, uma importante fundação que realiza pesquisas sobre o câncer, recomenda:

1-Mantenha-se o mais magro possível, sem estar abaixo do peso ideal: o ganho de peso e a obesidade aumentam o risco de desenvolver vários tipos de tumores, incluindo o câncer de intestino e de mama. Mantenha um peso saudável com uma dieta balanceada e a prática de atividades físicas regulares para ajudar a manter o seu risco baixo.
2-Faça uma atividade física por pelo menos 30 minutos por dia: a atividade física protege contra os tumores de intestino e de mama. E também ajuda a manter o peso ideal.
3-Evite bebidas adocicadas: limite o consumo de alimentos processados, com adição de açúcar, pobres em fibras e ricos em gorduras. Esses alimentos geralmente são pobres em nutrientes, têm excesso de gordura e/ou açúcar, aumentam o risco de obesidade e câncer. Bebidas doces como “colas” e sucos de frutas adoçados artificialmente podem contribuir para o ganho de peso.
4-Coma mais de uma porção de vegetais, frutas, cereais e legumes. Pesquisas mostram que vegetais, frutas e outros alimentos contendo fibras (como cereais e legumes) podem proteger contra câncer de boca, estômago e intestino. Eles também ajudam a proteger contra o ganho de peso e a obesidade. Faça 5 refeições por dia, tente incluir cereais (por exemplo, arroz integral, massas e pães integrais) e/ou legumes em todas as refeições.
5-Limite o consumo de carnes vermelhas (carne bovina, carne de porco e de cordeiro) e evite alimentos processados. Há fortes evidências de que carnes vermelhas e alimentos processados causam câncer e de que não há quantidade de alimentos processados que pode ser segura para não aumentar o risco de desenvolver câncer. A meta é limitar o consumo de carne vermelha a menos de 500 gramas (cozida) e 700-750 gramas (crua) por semana. Evite alimentos processados como bacon, salame, salsicha, presunto e conserva de carne bovina.
6-Limite a ingestão de bebidas alcóolicas. Se optar por consumi-las, não exceda a quantidade de 2 drinks para homens e 1 drink para mulheres por dia. Desde o primeiro relatório de prevenção do câncer em 1997, as evidências de que bebidas alcóolicas aumentam o risco de câncer de mama e de intestino são muito fortes.
7-Limite o consumo de alimentos salgados: evidências mostram que sal e alimentos conservados com sal provavelmente causam câncer de estômago. Tente usar ervas e especiarias para temperar seus alimentos e lembre-se que alimentos processados, incluindo pães e cereais matinais, podem conter grandes quantidades de sal.
8-Não use suplementos para se proteger contra o câncer: pesquisas mostram que suplementos de nutrientes em altas doses podem afetar o seu risco de desenvolver câncer, mas o melhor é optar por uma dieta balanceada, sem suplementos. Em alguns casos eles são recomendados, mas devem sempre ser prescritos por um médico.
9-As mães devem amamentar seus filhos, exclusivamente ao seio, por 6 meses e depois acrescentar novos líquidos e alimentos à dieta do bebê. Evidências mostram que amamentar protege as mulheres do câncer de mama e os bebês do ganho excessivo de peso.
10-Depois de um tratamento para qualquer tipo de câncer, os sobreviventes do câncer devem seguir as recomendações acima para prevenir novos tumores. Este relatório encontrou evidências crescentes de que manter um peso corporal saudável através de uma dieta balanceada e a realização de atividades físicas regulares pode ajudar a reduzir a recorrência de câncer.

Lembre-se sempre: não fume ou mastigue tabaco/fumo. Fumar e usar tabaco de qualquer forma aumenta o risco de câncer e outras doenças sérias.

Fonte: World Cancer Research Fund

terça-feira, 28 de julho de 2009

Câncer de pênis provoca mil amputações por ano no Brasil


Não é só o câncer de próstata que atormenta a saúde do homem. O câncer de pênis, um tumor com maior incidência em indivíduos a partir dos 50 anos de idade, está relacionado às baixas condições sócio-econômicas e de instrução, à má higiene íntima e a indivíduos não circuncidados.

No Brasil, o tumor representa 2% de todos os casos de câncer no homem, sendo mais frequente nas regiões Norte e Nordeste do que nas regiões Sul e Sudeste. Nas regiões de maior incidência, o câncer de pênis supera os casos de câncer de próstata e de bexiga.

A Sociedade Brasileira de Urologia informa que cerca de mil brasileiros têm o pênis amputado a cada ano por causa da doença. Mas, apesar de grave, é um dos cânceres mais evitáveis, bastando cuidados de higiene local. Se for diagnosticada no início, a lesão pode ser removida sem sequelas. Em casos avançados, a doença pode levar, inclusive, à amputação das pernas.

Os primeiros sinais são pequenas feridas que demoram muito para cicatrizar. È indicado que toda lesão no pênis que não sara no prazo de 15 dias deva ser vista por um médico. Na fase inicial, o tratamento é muito simples, bastando retirar a lesão e o paciente estará curado.

O HPV é outro fator predisponente. É um vírus transmitido nas relações sexuais. Por isso é importante também estar atento à presença do HPV, que muitas vezes se manifesta como uma pequena verruga. Está é contagiosa e provoca outro tipo de câncer nas mulheres, o de colo de útero.

Para prevenir o câncer de pênis é necessário limpeza diária com água e sabão, principalmente após as relações sexuais e a masturbação. É fundamental ensinar às crianças desde cedo os hábitos de higiene íntima, que devem ser praticados todos os dias.

Fonte: INCA / Sociedade Brasileira de Urologia / SIS saude

domingo, 26 de julho de 2009

Está na novela: O que é Bullying?


A palavra Bullying é um termo que ainda não tem uma tradução uniformemente aceita para o português, mas significa ameaça ou intimidação. Ela se refere a uma situação comum nas escolas, e envolve as situações em que um aluno sofre por atitudes agressivas intencionais e repetitivas, com o objetivo de intimidá-lo ou ridicularizá-lo. A criança ou o adolescente pode ser vítima de piadas, gracinhas, comentários maldosos e apelidos humilhantes.O primeiro a estudar este fenômeno foi Dan Olweus, professor da Universidade de Noruega. Ao pesquisar as tendências suicidas entre adolescentes, Olweus descobriu que a maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de bullying.
O Bullying é um problema mundial, é encontrado em qualquer tipo de escola, não se restringindo a um tipo especifico de instituição. Até alguns anos, os pais e as escolas não davam muita atenção para esse tipo de problema, geralmente porque achavam as ofensas bobas demais para terem maiores conseqüências.
Os indivíduos que perpetram o bullying costumam ter dificuldade em estabelecer empatia, frequentemente pertencem a famílias desestruturadas ou com pouca demonstração de afeto entre seus membros. Seus pais exercem uma supervisão pobre sobre eles, toleram e oferecem como modelo para solucionar conflitos, comportamento agressivo ou explosivo. Se essas crianças não tiverem um limite para suas atitudes cruéis, podem via a adotarem comportamentos anti-sociais e violentos, podendo vir a ter atitudes delinquentes.
Os alvos são pessoas ou grupos que não dispõem de recursos, status ou habilidade para reagir ou fazer cessar os atos danosos contra si. São, geralmente, pouco sociáveis. Um forte sentimento de insegurança os impede de solicitar ajuda. São pessoas sem esperança quanto às possibilidades de se adequarem ao grupo. A baixa auto-estima é agravada por intervenções críticas ou pela indiferença dos adultos sobre seu sofrimento. Alguns crêem ser merecedores do que lhes é imposto. Têm poucos amigos, são passivos, quietos e não reagem efetivamente aos atos de agressividade sofridos. Muitos passam a ter baixo desempenho escolar, resistem ou recusam-se a ir para a escola, chegando a simular doenças. Trocam de colégio com freqüência, ou abandonam os estudos. Há jovens, que por extrema depressão acabam tentando ou cometendo o suicídio.
As testemunhas, representadas pela grande maioria dos alunos, convivem com a violência e se calam em razão do temor de se tornarem as "próximas vítimas".
As medidas adotadas pela escola para o controle do bullying, se bem aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente para a formação de uma cultura de não-violência na sociedade. É uma iniciativa ao grupo de alunos que adotam contra um ou vários colegas, em situação desigual de poder, causando intimidação, medo e dificuldades psicológicas aos outros. Elas tem como objetivo conscientizar os alunos a respeitar as diferenças, evitando a queda no desempenho escolar, isolamento, abandono dos estudos e baixa auto-estima. Os pais também podem evitá-lo contendo e dando limite aos comportamentos violentos dos seus filhos e mantendo sempre um ambiente afetivo e aberto em casa.

Autora: Dra. Elisa Brietzke - Médica psiquiatra / Pesquisadora do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.