sábado, 26 de dezembro de 2009

Festas de final de ano - equilíbrio e disciplina!


Neste período do ano fica cada vez mais difícil manter a dieta. Com tantas opções e a natural ampliação do cardápio nas ceias de Natal e Reveillon, até os mais disciplinados e seguidores de regras balanceadas de alimentação aproveitam a ocasião para sair da rotina de "sacrifícios". Essa postura de "se liberar" da dieta, nesta época, não é nenhum sacrilégio, todavia se feita com equilíbrio, pode se tornar menos pesada para a consciência e para o corpo.

A maioria dos médicos e nutricionistas concordam que relaxar em datas especiais como Natal e ano novo, de maneira geral, não prejudica a saúde, contanto que haja um equilíbrio e um pós festas de maior condicionamento físico. Para a população em geral, ou seja, aqueles que não mantêm dietas rigorosas devido a problemas de saúde constantes, como os diabéticos e hipertensos, sair da dieta e comer um pouco a mais não prejudica a saúde. O segredo é compensar essa maior ingestão de alimentos com a prática de exercícios físicos também em maior intensidade. Não somente no final de ano devemos manter uma postura saudável, mas em todos os feriados prolongados que estão quase sempre associados a encontro familiares, regados a um variado cardápio calórico. Em 2010, o Natal e o Reveillon vêm seguidos de finais de semana, fazendo com que as duas datas de possíveis exageros se estendam a um período ainda maior. É ai que mora o perigo! Como é maior o número de dias “liberados” isso sim pode ser considerado um prejuízo para a saúde.

Aumentar a ingestão de água, preferir comidas leves como saladas e grelhados não deve ser uma preocupação restrita às festas de final de ano e grandes feriados, mas sim durante todo o calendário. O vilão certamente não está nos exageros das datas comemorativas, mas sim no período que vai do primeiro dia do ano ao Natal. Comer e beber além do adequado nas festas de fim de ano pode ser compensado nas manhãs posteriores com caminhadas e exercícios físicos e muita ingestão de líquidos.

O açúcar, conhecido como um dos principais vilões da dieta, além de ser uma grande tentação, é o caminho mais curto para o desequilíbrio alimentar, principalmente nesses períodos de comemorações. Apesar disso, ele não deve ser simplesmente abolido da nossa alimentação. A ingestão de alguma torta ou doce, mesmo que altamente calórica, não transformará sua vida para sempre, se bem equilibrada durante todo o ano não trará maiores malefícios a sua saúde.

O importante é aproveitar sem exageros. Boas Festas!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O que é a doença celíaca?

A doença celíaca é uma condição crônica que afeta principalmente o intestino delgado. É uma intolerância permanente ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, centeio, cevada, aveia e no malte. Nos indivíduos afetados, a ingestão de glúten causa danos às pequenas protrusões, ou vilos, que revestem a parede do intestino delgado. Esta condição tem sido chamada por outros nomes, tais como espru celíaco e enteropatia glúten-sensível.
A doença celíaca é considerada uma desordem auto-imune, na qual o organismo ataca a si mesmo. Os sintomas podem surgir em qualquer idade após o glúten ser introduzido na dieta do indivíduo.

Quais são os sintomas da doença celíaca?
Os sintomas intestinais incluem diarréia crônica ou prisão de ventre, inchaço abdominal e flatulência, irritabilidade, e baixo ganho de peso. Os pacientes podem apresentar atraso de crescimento e da puberdade, anemia por carência de ferro, osteopenia ou osteoporose, exames anormais de fígado, e uma erupção na pele que faz coçar chamada dermatite herpetiforme. A doença celíaca em algumas pessoas pode ser assintomática.

A doença celíaca é comum?
Estima-se que 1 em cada grupo de 100 a 200 pessoas nos Estados Unidos e na Europa tenha a doença celíaca. No Brasil ainda não temos um número oficial, mas em uma pesquisa publicada pela UNIFESP, em um estudo feito com adultos doadores de sangue, o resultado apresentou incidência de 1 celíaco para cada grupo de 214 moradores de São Paulo.

Quem tem mais risco de desenvolver a doença?
As pessoas com maior risco de desenvolver a doença celíaca são aquelas portadoras de doenças auto-imunes como diabetes melito insulino dependente, tireoidite auto-imune, deficiência seletiva de IgA, Síndrome de Sjögren, colestase auto-imune, miocardite auto-imune. Portadores da Síndrome de Turner, da Síndrome de Down, da Síndrome de Williams. Ter parentes com a doença celíaca aumenta o risco de surgimento da doença. Vale lembrar que você pode ter a doença celíaca mesmo sem fazer parte do grupo de risco.

Como é diagnosticada?
A doença celíaca pode levar anos para ser diagnosticada. Muitos pacientes tem uma história de consultas com vários médicos e especialidades até serem corretamente diagnosticados. Os exames de sangue são muito utilizados na detecção da doença celíaca. A doença celíaca deve ser confirmada encontrando-se certas mudanças nos vilos que revestem a parede do intestino delgado. Para ver essas mudanças, uma amostra de tecido do intestino delgado é colhida através de um procedimento chamado endoscopia com biópsia. (Um instrumento flexível como uma sonda é introduzido através da boca, passa pela garganta e pelo estômago, e chega ao intestino delgado para obter pequenas amostras de tecido).

Como é o tratamento?
O tratamento consiste em evitar por toda a vida alimentos que contenham glúten (tais como pães,cereais, bolos, pizzas, e outros produtos alimentícios, ou aditivos, que contenham trigo, centeio, aveia e cevada). Medicamentos e outros produtos também podem conter glúten. Assim que o glúten é removido da dieta, a cura costuma ser total. Apesar da dieta sem glúten parecer extremamente difícil a princípio, algumas famílias tem tido muito sucesso com ela. É possível substituir as farinhas proibidas por fécula de batata, farinha de milho, amido de milho, polvilho doce ou azedo, farinha ou creme de arroz, farinha de araruta ou fubá. Nutricionistas e grupos de apoio podem ajudar as famílias a se ajustarem a essa dieta. Mesmo assim, pode levar vários meses até que elas se acostumem com a dieta sem glúten.
Existe uma lei federal de 2003, que determina que todas as empresas produtoras de alimentos são obrigadas a informar em seus rótulos se o seu produto contêm ou não glúten.

O que você pode esperar do tratamento?
Os pacientes podem começar a apresentar melhora 1 ou 2 semanas após o início da dieta. A intolerância à lactose causada pelo dano intestinal também diminui. Na maioria das pessoas, os sintomas desaparecem e a parede do intestino se recupera totalmente de 6 a 12 meses após o início da dieta sem glúten. Nas crianças, o crescimento e a resistência dos ossos volta ao normal. Visitas regulares a um nutricionista e a uma equipe de profissionais de saúde com experiência no tratamento da doença celíaca são importantes para ajudar a manter a dieta e monitorar possíveis complicações. Apesar de algumas pessoas serem capazes de voltar a consumir glúten sem sintomas imediatos, elas não “superaram” a doença celíaca, e não estão “curadas”. A dieta sem glúten deve ser seguida por toda a vida.

Fontes:
University of Maryland - Center for Celiac Research
http://www.semgluten.com.br/
http://www.acelbra.org.br/

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Campanha do Dia Mundial de Luta contra a Aids aborda preconceito contra soropositivos


Quem vive com HIV/aids pode trabalhar, estudar, praticar esportes, namorar, fazer sexo com camisinha, como todo mundo. Apesar de a rotina ter de se adaptar aos medicamentos e consultas, o mais difícil é ter que conviver com o preconceito. Para ajudar a mudar essa realidade, o Ministério da Saúde lançou na terça-feira, dia 1º de dezembro, a campanha publicitária com o tema sobre o preconceito e estigma, por ocasião do Dia Mundial de Luta contra a Aids.

Um beijo, protagonizado por um jovem com HIV e uma jovem que não tem o vírus, marca o filme de 30 segundos que faz parte da campanha, cujo slogan é: “Viver com aids é possível. Com o preconceito não”. Símbolo de amor e amizade, no campo da aids o beijo assume outras conotações. Mostra que não se transmite o HIV dessa forma, que pessoas soropositivas podem e devem se relacionar, entre elas ou com sorodiscordantes (uma positiva e outra não).

Na mesma ocasião foi lançada a revista AZT – a vida continua. A publicação traz 13 histórias reais que retratam a superação ao preconceito e às dificuldades enfrentadas por quem vive ou convive com HIV/aids. Resultado do concurso nacional Vidas em Crônicas, os textos vencedores representam uma homenagem às pessoas que, em três décadas de epidemia, convivem com o preconceito por causa do vírus.


O Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado no dia primeiro de dezembro, é a data sugerida pelas Nações Unidas para reforçar o compromisso político dos governos para que o mundo reflita sobre as questões que envolvem o viver com o HIV. O mundo todo está voltado, nessa data, para as ações desenvolvidas pelos países, principalmente o Brasil, cuja política na área é globalmente reconhecida.

Estima-se que 630 mil pessoas estejam infectadas pelo HIV no Brasil, sendo que mais de 200 mil estão fazendo uso do tratamento oferecido pelo SUS. A política de acesso universal aos medicamentos adotada pelo Governo Brasileiro vem possibilitando, ao longo dos anos, a melhoria da qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/aids.