quinta-feira, 27 de agosto de 2009

ESTÁ NA NOVELA: O QUE É ESQUIZOFRENIA?


A esquizofrenia é uma doença que causa um sério transtorno no funcionamento cerebral, caracterizada pela perda parcial ou total do contato com a realidade, condição conhecida no meio médico como psicose. É um quadro complexo, apresentando sinais e sintomas nas áreas do pensamento, percepção e emoções.O número de pacientes atingidos pela esquizofrenia está em torno de 1% da população, não havendo uma tendência a acometer de forma diferente os sexos ou raças, as primeiras manifestações ocorrem entre os 15 e 35 anos de idade, sendo que nos homens se manifesta entre 15 e 20 anos e nas mulheres entre 25 e 30 anos. Os filhos de indivíduos esquizofrênicos tem uma chance de aproximadamente 10% de desenvolver a doença.

No Brasil, são registrados aproximadamente 50 a 55 mil casos por ano. Por ser uma doença grave e debilitante, isto é, o paciente vai perdendo as capacidades de trabalho e de relacionamento com as pessoas, é comum que ocorram várias internações ao longo da evolução da doença. Segundo a OMS, a doença afeta cerca de 24 milhões de pessoas em todo o mundo e mais de 50% destes doentes não recebem tratamento adequado, sendo que 90% dos pacientes sem tratamento adequado estão nos países em desenvolvimento. Além disso, a esquizofrenia está entre as dez principais causas de incapacidade no mundo de acordo com a OMS.

Causas e Sintomas
Hoje em dia o modelo mais aceito para a causa da esquizofrenia reúne fatores genéticos e ambientais. Ele é teórico e, embora reúna muitas evidências científicas, ainda não é a conclusão definitiva sobre a origem da doença.
De acordo com ele, uma pessoa somente desenvolve a esquizofrenia se houver, de um lado, uma herança genética (predisposição) e, de outro, fatores ambientais de risco, capazes de torná-la biologicamente vulnerável para o transtorno.
Na maioria dos casos, a esquizofrenia se manifesta através de delírios, alucinações, alterações afetivas e alterações cognitivas.Os delírios são crenças falsas que não se desfazem apesar de se tentar apresentar a realidade ao portador da doença; já as alucinações são percepções que não existem, tais como vozes dentro da cabeça que comandam, comentam e dão ordens ao paciente; existem alterações afetivas em que o paciente apresenta comportamentos inadequados aos estímulos que recebe (por exemplo, rir ao receber a notícia de morte de um ente querido ou chorar ao saber que fará uma viagem agradável de férias); ocorrem ainda as alterações cognitivas, ou seja, problemas para se expressar com a linguagem falada e escrita, esquecimentos e empobrecimento para a comunicação.

Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é essencialmente clínico, isto é, não há exame que seja necessário para que o médico chegue à conclusão de que o paciente tem esquizofrenia.
Os objetivos do tratamento são: reduzir sintomas de delírio e alucinação, evitar surgimento de novos episódios de doença e melhorar o funcionamento familiar, social e laboral do paciente. As drogas que tratam a esquizofrenia são conhecidas pelo nome de antipsicóticos. Além disso, é necessária a reabilitação e as atividades de apoio comunitário. A psicoterapia também tem papel importante no tratamento. O apoio dos familiares se torna fundamental para a inclusão do doente na sociedade, evitando a discriminação.

Fontes:
(site dedicado a familiares e portadores de esquizofrenia)

domingo, 23 de agosto de 2009

VOCÊ TEM RINITE?



Com a chegada da primavera, uma das doenças que pode aparecer com maior frequência é a rinite. A rinite é uma inflamação da mucosa do nariz que pode ocorrer de forma repetida. A causa mais comum é a sensibilização aos alérgenos inalantes, em especial a poeira domiciliar e os ácaros. Ela pode ser ainda classificada em alérgica e não alérgica.

A alergia é uma situação na qual o organismo apresenta uma resposta imunológica (de defesa) diferente da resposta protetora esperada, causando alterações indesejáveis. O termo “alergia” vem do grego “allos”, que significa alterações do estado original. Então, a alergia é uma reação específica do sistema de defesa do organismo à substâncias normalmente inofensivas. Pessoas que tem alergias frequentemente são sensíveis a mais de uma substância.

Quais as principais causas das Rinites Não Alérgicas?
As rinites não alérgicas podem ser causadas por: irritantes; bactérias e vírus; alterações motoras dos vasos do nariz (rinite motora); uso de medicamentos por tempo prolongado, principalmente os descongestionantes nasais tópicos; presença de pólipos nasais; rinites estruturais ou anatômicas, entre outras menos comuns.

Quais são os sinais e sintomas da Rinite Alérgica?
Espirros repetidos; coriza líquida, clara e abundante; coceira no nariz, nos olhos, nos ouvidos, no céu da boca e na garganta; nariz entupido e congestionado; olhos vermelhos, irritados, lacrimejando e coçando; secreção escorrendo da parte de trás do nariz para a garganta, que pode provocar pigarro ou tosse persistente (gota pós nasal); dificuldade para sentir odores ou sabores o que pode influenciar na diminuição do apetite; tosse crônica noturna; infecções respiratórias de repetição como sinusites, amigdalites, faringites e otites de repetição. É uma doença onde as pessoas costumam se auto medicar, e antes que você corra para tomar um anti gripal quando apresentar estes sintomas, considere que você possa ser alérgico.

O que devemos fazer para controlar a Rinite? Tem cura?
Além do incômodo que ela acarreta no seu dia-a-dia, prejudicando inclusive seu desempenho no trabalho e seu bem-estar, a rinite alérgica é considerada um fator de risco para asma. Estima-se que cerca de 75 a 80% dos pacientes com asma tenham rinite alérgica associada. Quando mal controlada também predispõe ao desenvolvimento de infecções respiratórias de repetição como otites, sinusites e amigdalites. Os medicamentos usados não curam a rinite, mas controlam seus sintomas. O tratamento é baseado no tipo de rinite que o paciente apresenta. Às vezes são necessárias várias tentativas para saber qual o melhor medicamento para determinada pessoa, mas existem várias opções e seu médico vai achar aquela que melhor se adapta ao seu caso. Por este motivo, a prevenção é fundamental. Para isto, devemos evitar o contato com as substâncias que causam alergia.

Existe tratamento com vacinas para a rinite?
A imunoterapia é eficaz, mas funciona somente em pacientes com rinite alérgica. O paciente deve ter o teste alérgico positivo para os antígenos usados nas vacinas. A aplicação das vacinas deve seguir critérios médicos e serão usadas por tempo prolongado. É provável que a necessidade do uso de medicamentos diminua, porém os cuidados ambientais deverão sempre ser mantidos.

Quais os cuidados que devo ter?
Evitar o contato com as substâncias que causam alergia; frequentar ambientes limpos e arejados; fazer sempre lavagens nasais com soro fisiológico ou soluções salinas vendidas em farmácias; utilizar produtos para higiene pessoal sem odores fortes, corantes ou substâncias artificiais desnecessárias. O sabonete e shampoo de glicerina são os mais indicados, pois causam menor irritação; o colchão e o travesseiro devem ser de espuma e cobertos com capa protetora; a limpeza dos quartos deve ser realizada pela manhã, pois até a noite as partículas dispersas no ar e os ácaros vão estar no chão e não “flutuando” no ambiente. Se possível, deve-se evitar animais dentro de casa.

Fontes: II Consenso de Rinites (Rev. bras. alerg. imunopatol. 2006); http://www.projetodiretrizes.org.br/; http://www.abc.med.br/

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O envelhecimento no mundo


O envelhecimento populacional é hoje um fenômeno universal, característico tanto dos países desenvolvidos como, de modo crescente, no Terceiro Mundo. Desde a década de 50, a maioria dos idosos vive em países do Terceiro Mundo, fato ainda não apreciado por muitos que continuam associando velhice com os países mais desenvolvidos da Europa ou da América do Norte.

Entre os 11 países com as maiores populações de idosos daqui a quarenta anos, 8 situam-se na categoria de países em desenvolvimento, de acordo com os critérios atuais. Haverá, portanto, uma substituição: as grandes populações idosas dos países europeus, cedendo lugar a países caracteristicamente jovens como a Nigéria, Brasil ou Paquistão.

Em termos práticos, o aumento é sem precedentes. Por exemplo, no Brasil, o aumento da população idosa será da ordem de 15 vezes, entre 1950 e 2025, enquanto o da população como um todo será de não mais que cinco vezes no mesmo período. Tal aumento colocará o Brasil, no ano 2025, com a sexta população de idosos do mundo em termos absolutos.

A principal razão associada a esse drástico declínio é a elevação do nível de vida da população, traduzido pela urbanização adequada das cidades, melhoria nutricional, elevação dos níveis de higiene pessoal, melhores condições sanitárias em geral e, particularmente, condições ambientais no trabalho e nas residências muito melhores do que no passado. Todos esses fatores já estavam presentes quando, no final da década de 40 e início dos anos 50, foram introduzidos os exames radiográficos, as vacinas e drogas potentes que tiveram importante papel na redução na mortalidade.

É dentro desse contexto que se insere a geriatria, a área da medicina que cuida da prevenção e o tratamento de doenças e da incapacidade em idades avançadas. O termo deve ser distinto de gerontologia, que é o estudo do envelhecimento em si.

Geriatras são médicos especializados no cuidado com o idoso e têm sua formação como generalista (medicina interna) e a seguir são treinados nos aspectos específicos da saúde do idoso. Os geriatras têm de passar por um exame de qualificação para a especialização para obter um título ou certificado de especialista.

A capacidade funcional ao longo da vida vai reduzindo, na terceira idade é importante manter independência e prevenir incapacidade, por isso, reabilitar é garantir qualidade de vida.
Nesta fase da vida é importante focar sempre na prevenção, pois nem sempre o indivíduo irá manifestar sintomas de doença, até o idoso aparentemente saudável requer cuidados, pois as manifestações de doenças nos idosos são atípicas, sub-clínicas, com sintomas inespecíficos e geralmente não relatados, o início é insidioso e é muito fácil “perder” um diagnóstico. As principais ocorrências no idoso são (os gigantes da geriatria – 5 “I”s: instabilidade, incontinência, iatrogenia, imobilidade e insuficiência): imobilidade, insuficiência cognitiva, iatrogenia, instabilidade e quedas, incontinência, delírio, demência e depressão.

O planejamento para a prevenção de doenças nos idosos consiste em:
· Corrigir os hábitos deletérios (alimentação não balanceada, inatividade física, tabagismo, obesidade, abuso de drogas);
· Fazer diagnóstico e tratamento adequado das doenças;
· Usar medicamentos racionalmente (prescrição consciente, início e término, respeito à orientação, uso x abuso, evitar auto-medicação, efeitos “mágicos”);
· Ampliar a rede de suporte social (rede de apoio);
· Não deixar que o idoso crie expectativas. Rejeitar a fantasia do “rejuvenescimento ou da eterna juventude”;
· Adequar o ambiente doméstico, diminuindo assim o risco de acidentes como quedas e suas conseqüências, muitas vezes de prognóstico sombrio;
· Educar os cuidadores dos idosos dependentes, bem como reconhecer o seu adoecimento;
· Estar atento aos sinais de maus tratos e denunciá-los.

Autor:
Dr. Carlos Marcos Tavares
Clínica médica e Geriatria

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

CIGARRO VERSUS SAÚDE



“ A preocupação das entidades médicas é cada vez maior, pois o tabaco tem alto poder de causar dependência química e o início tem sido muito precoce, atingindo principalmente jovens crianças”, analisa o conselheiro do CRM-PR Dr. Marco Antonio Bessa. Ele diz que a tendência é que uma pessoa que fuma por três meses irá fumar durante 30 anos e ressalta que o tabagismo é a terceira causa evitável de morte. “ Além disso, está relacionado às três principais doenças mortais: Infarto do miocárdio, cânceres e AVC”, completa.

Estudo recente da Fundação Oswaldo Cruz (Fio Cruz), realizado ano passado, aponta que são gastos mais de R$500 milhões em atendimento pelo SUS a pacientes com problemas relacionados ao tabaco. “ Este valor, gasto em tratamento de ex-fumantes, supera o montante arrecadado em impostos pela venda de cigarros”, confirma.

Estudos científicos atestam que o uso de cigarro aumenta a probabilidade de ocorrência de algumas doenças, como a pneumonia, o câncer de pulmão, problemas coronarianos, bronquite crônica, além de câncer em regiões do corpo que entram em contato direto com a fumaça (garganta, língua, laringe e esôfago).

Também indica que o risco de ocorrência de infarto do miocárdio, angina e derrame cerebral é maior nos fumantes quando comparado aos não fumantes. Existem ainda evidências de que a nicotina pode provocar ainda úlceras gastrointestinais. Além disso, estima-se que o hábito de fumar também tem relação com acidentes de trânsito.

Fonte: Jornal do CRM Paraná, número 80 - 2009

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Porque fazer o exame preventivo do câncer de colo do útero?


O objetivo principal do exame é detectar o câncer de colo do útero em estágio inicial ou anormalidades nas células do colo que podem estar associadas ao desenvolvimento deste tumor.

Neste exame são coletadas células do colo do útero por uma simples raspagem indolor, durante o exame ginecológico. Existem vários nomes para o mesmo exame: preventivo, exame citopatológico, exame colpocitológico, exame de Papanicolaou ou citologia oncótica.

Este exame também pode encontrar condições não cancerígenas, como infecções virais no colo do útero causadas pelo HPV (papiloma vírus humano) e herpes, infecções vaginais causadas por fungos, como a candidíase ou por bactérias, como o Trichonomas vaginalis. Pode ainda dar informações sobre os níveis hormonais, principalmente sobre a ação do estrogênio e da progesterona na mulher.

É recomendado para todas as mulheres sexualmente ativas, independentemente da idade. Deve ser iniciado pelo menos 3 anos após início da vida sexual ativa ou antes dos 21 anos de idade (o que acontecer primeiro).

A coleta pode ser interrompida aos 65 anos, se houver 3 exames anteriores normais e se a paciente não tiver história passada de câncer de colo.

O intervalo entre os exames varia entre um e três anos baseado na presença de fatores de risco, tais como: início precoce da atividade sexual, história de múltiplos parceiros sexuais, nível socioeconômico baixo, história de parceiro com infecções genitais, passado de câncer de vulva ou de vagina, parceiro com história de câncer de pênis, tabagismo e imunodepressão (p. ex. HIV). Se algum destes fatores estiver presente, é recomendado que a coleta seja anual.

O melhor momento para a realização do exame é pelo menos uma semana antes da menstruação. Deve ser evitado o uso de cremes ou duchas vaginais por 48 horas anteriores ao dia do exame e não ter relações sexuais por pelo menos 24 horas antes do procedimento.

É um exame bastante simples. A mulher fica na posição ginecológica (deitada, com os joelhos dobrados e as pernas afastadas), o médico introduz um espéculo (de metal ou de plástico) na vagina, retira material do colo do útero e encaminha para análise.

Não há dor durante o exame, algumas mulheres sentem um leve desconforto. É importante manter-se relaxada durante o procedimento para facilitar a introdução do espéculo. Como é coletado material do colo do útero, às vezes, pode ocorrer um leve sangramento no local.

Se o resultado mostrar células normais, não é necessário nenhum tratamento. Geralmente haverá escrito: negativo para células malignas. Caso haja alguma alteração, o ginecologista irá orientar um tratamento específico. Para maiores informações consulte o seu médico.

Fontes:
National Cancer Institute / U.S. National Institutes of Health - http://www.cancer.gov/
Agency for healthcare Research and Quality / U.S. Preventive Services Task Force - http://www.ahrq.gov/

sábado, 8 de agosto de 2009

O bebê está com cólica. E agora?


Quando o bebê chora, geralmente quer expressar algum tipo de desconforto. Ele pode estar com fome, sede, calor, frio, as fraldas podem estar molhadas, o choro pode representar alguma dor existente ou simplesmente ele quer atenção. Todos esses aspectos devem ser verificados, a fim de aliviar o desconforto.

As cólicas são um dos maiores desconfortos que um bebê pode apresentar. Estas são muito frequentes desde o nascimento, principalmente após os 15 primeiros dias de vida podendo atingir o final do terceiro mês. Raramente ocorrem após os seis meses de idade. O bebê nessa situação chora muito e contrai os músculos da barriguinha, fica com o rosto avermelhado e faz caretas, as pernas encolhidas e bastante irritado. A primeira impressão dos pais é que nada vai aliviar o sofrimento do bebê. Esta situação costuma iniciar no final do dia, por volta das 18 horas e ceder em torno das 22 horas.

Quais são as causas das cólicas no bebê?
As principais causas envolvem a imaturidade do sistema digestivo do bebê, essa imaturidade faz com que as paredes intestinais se contraiam e relaxem sem controle e isso pode resultar na produção de gases levando à cólica; técnicas incorretas de amamentação, levando o bebê a ingerir ar durante as mamadas; o uso de fórmulas lácteas em concentrações inadequadas – muito concentradas; alguns autores associam o uso de chupeta à presença de cólicas; ansiedade e insegurança dos pais; algum tipo de alergia alimentar.

Devemos lembrar que os bebês que são alimentados com fórmulas lácteas precisam receber uma pequena quantidade de água pura além das mamadas. Os que são alimentados exclusivamente ao seio, não precisam receber água, somente o leite materno até o sexto mês de vida.

A ingestão de alguns alimentos pela mãe é popularmente associado ao surgimento de cólicas no bebê, porém isso não tem comprovação científica até o momento, embora algumas mulheres relatem esta associação.

O que fazer para aliviar as cólicas?
Fazer uma massagem no abdome no sentido horário, seguida da flexão das pernas para ajudar a eliminação de gases; colocar compressas mornas sobre a barriga - tomando cuidado com a temperatura para não queimar a pele sensível do bebê; utilizar técnicas corretas de amamentação; dar um banho morno, pois alguns bebês sentem-se relaxados e felizes após o banho; manter o bebê em um ambiente silencioso e com luz suave e tentar passar tranquilidade nos momentos de choro e irritação da criança.
O uso de medicamentos como os antiespasmódicos só devem ser usados com a orientação do pediatra que acompanha o bebê.
O mais importante para os pais é saber sobre o caráter benigno e passageiro das cólicas. Elas não oferecem riscos à saúde, não interferem no crescimento da criança e desaparecem por volta do final do terceiro mês de vida.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Influenza A (H1N1) & Gravidez – Assunto delicado.


A gripe do vírus tipo A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína, já é uma dura realidade a ser enfrentada. Apesar de ser parente bem próximo do vírus causador da gripe comum (muito frequente nessa época do ano - inverno) seus sintomas podem ser mais severos e graves, resultando em complicações que também podem levar à morte.

Autoridades sanitárias vem demonstrado uma preocupação especial com as gestantes e não é para menos. No Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, tem ocorrido grande número de internações nos hospitais municipais e estaduais com suspeita da nova gripe. O mais grave: a evolução da doença neste grupo de pacientes tem se mostrado preocupante, pois os sintomas, principalmente os respiratórios tendem a se agravar muito rapidamente.

A grande questão é: o que a gripe tipo A tem de tão diferente da gripe comum? Alguns especialistas tem relatado que o vírus da gripe suína parece ser mais "habilidoso/esperto" que o da gripe comum. Há indícios que este novo vírus se espalha mais rapidamente e, ao que parece, independente das condições do clima ou estações do ano. Outra característica que diferencia esse novo vírus é a sua agressividade. Há estudos que relatam que o vírus é capaz de atacar as células pulmonares de forma mais agressiva, levando a complicações mais graves e de maneira mais rápida do que a gripe comum.

Sabe-se que durante a gravidez, há uma maior susceptibilidade a infecções, pois a gestante apresenta uma diminuição da sua imunidade. Órgãos importantes como os pulmões e o coração também sofrem adaptações para garantir as novas necessidades da mãe e do bebê. O sistema imunológico na gravidez está com suas respostas alteradas, algumas doenças tendem com isso a surgir pela primeira vez nesta fase e em outras ocorre um agravamento das existentes. O Vírus da gripe pode com isso aproveitar o momento de baixa imunidade e contaminar a gestante.

O que as gestantes devem fazer para evitar o contágio pela nova gripe?
As medidas de prevenção incluem: evitar lugares fechados e com pouca ventilação, evitar lugares frequentados por muitas pessoas, lavar sempre muito bem as mãos ou utilizar álcool gel; máscaras protetoras em algumas condições são necessárias, além de evitar o contato com pessoas gripadas são medidas fundamentais para conter o avanço desta epidemia.

Atenção:
Se você está grávida e apresentar qualquer sintoma gripal como febre alta (>38 graus) OU tosse OU falta de ar, entre imediatamente em contato com o seu médico ou procure um posto de saúde. O diagnóstico e tratamento precoces com o medicamento correto são fundamentais para evitar complicações para a gestante e seu filho.

domingo, 2 de agosto de 2009

O que é Corrimento vaginal e como podemos evitá-lo?


O que é?
É Caracterizado pela saída de secreção vaginal anormal (corrimento) que pode ou não apresentar cheiro desagradável e ainda estar associada a uma irritação da vagina ou vulva. Pode estar acompanhada de prurido (coceira), ardência ou aumento da freqüência urinária.

Como é feito o diagnóstico?
É feito pelo ginecologista através da história clínica da paciente, exame ginecológico e eventualmente exames complementares. As características do corrimento ajudam muito na identificação do agente causal, por este motivo, uma visita ao ginecologista é muito importante para solucionar o problema.

Quais são as causas?
As mais comuns são: as infecções vaginais, as infecções do colo do útero e as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Na infância, são comuns as vulvovaginites inespecíficas causadas por uma higiene inadequada e pela maneira incorreta de realizar a higiene após a evacuação - que sempre deve ser feita de frente para trás, evitando o contato de fezes com a vagina. Na gravidez, em algumas mulheres, há aumento da secreção vaginal e isso não significa necessariamente uma alteração a ser tratada.

Orientações para evitar o corrimento vaginal:
- Utilizar roupas que não comprimam a região genital. As calças devem ser mais largas, de tecidos leves e não sintéticos.
- Evite o uso excessivo de tecidos sintéticos e jeans.
- Dar preferência para o uso de calcinhas de algodão. Evite tecidos sintéticos como lycra/nylon. - Uma boa opção é aproveitar o período noturno para deixar a pele da região genital “respirar”, para isso, a mulher pode dormir sem calcinha.
- Roupas íntimas devem ser lavadas com sabão de côco ou sabão neutro. O uso de amaciantes e água sanitária é contra-indicado, já que esses produtos aderem à fibra do tecido e podem levar ao desenvolvimento de vaginites químicas.
- Procure imediatamente um ginecologista no início dos sintomas e jamais use medicamentos por conta própria.
- Para a higiene íntima use sabonete neutro ou produtos apropriados para a higiene da região genital. Evite os sabonetes comuns e os que contém cremes hidratantes ou corantes.
- Evite desodorantes íntimos e produtos como talcos ou perfumes.
- Duchas vaginais podem retirar a proteção natural da vagina, favorecendo o crescimento de fungos ou bactérias, devem ser evitadas.
- Seque a roupa íntima em locais secos e arejados, de preferência expostas ao sol. E passe com ferro as calcinhas antes do uso.
- Evite ficar muito tempo com biquinis molhados.
- Para depilação da região genital deve sempre ser usada cêra descartável e observar as condições de higiene do local que oferece o serviço.
- Durante a menstruação, troque o absorvente quantas vezes forem necessárias, dependendo do fluxo e com um mínimo de três vezes ao dia.
- O uso de absorventes diários não é recomendado. Eles impedem a transpiração da região genital, favorecendo o crescimento de fungos e bactérias.
- Absorventes internos podem ser usados desde que trocados regularmente.
- Evite papel higiênico colorido ou perfumado, eles podem agredir a mucosa genital. Prefira sempre que possível uma higiene com água corrente e o uso de uma toalha delicada após.
- Um lubrificante íntimo pode ser uma boa alternativa para manter a lubrificação da mulher durante a relação sexual.
- Procure um ginecologista regularmente para realizar exames ginecológicos preventivos. Não use medicamentos por conta própria. A auto-medicação é uma das principais causas de corrimentos crônicos e de difícil tratamento.
Adaptado de www.abc.med.br