sábado, 26 de setembro de 2009

ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO & DOENÇAS


Os animais de estimação são muito úteis; eles acalmam, favorecem a sociabilidade, amenizam a hipertensão arterial e podem trazer muitos benefícios aos seus cuidadores e proprietários, porém exigem precauções importantes. Ser um animal dócil não é o único atributo para permitir que uma criança tenha sua companhia. Mesmo o pequeno animal com vacinas em dia e dócil pode ser portador de agentes responsáveis por doenças graves. Os gatos, por exemplo, podem transmitir a toxoplasmose, para a qual não há vacinas. Além disso, crianças pequenas não sabem os cuidados higiênicos para evitar contato com as secreções e as excreções dos animais.

Todos os donos de animais de estimação estão sujeitos ao desenvolvimento de zoonoses. As zoonoses são doenças e infecções naturalmente transmitidas entre animais e homens. Para a prevenção das zoonoses a imunização e o controle de ecto e endoparasitas são necessários. A vacinação anual de cães e gatos protege os animais e seus proprietários contra diversas enfermidades, como por exemplo a leptospirose. Porém, existem zoonoses para as quais não se tem a imunização efetiva dos animais, como a leishmaniose e a melhor conduta é mesmo a prevenção.

Dois grupos são particularmente de maior risco para a aquisição de zoonoses: as crianças abaixo dos 5 anos e as gestantes.

As crianças com menos de 5 anos de idade são as mais propensas a adquirir estas infecções. Por não terem consciência dos bons hábitos de higiene e saúde, através do toque e contato com superfícies e materiais contaminados, ingerem microorganismos causadores dessas enfermidades. Como o sistema imunológico ainda não está completamente desenvolvido, aumenta a possibilidade de adquirirem um processo infeccioso mais sério. Há ainda a preocupação com as chupetas, que podem cair em locais que contenham resíduos procedentes dos animais e as crianças podem recolocá-las na boca. Com isso, é orientado que crianças com menos de 5 anos de idade não fiquem sozinhas com animais e, se entrarem em contato, mereçam atenção e cuidados especiais, os quais devem ser redobrados se tais animais não tiverem dono ou se enquadrarem no tipo “semi de rua”, ou seja, aquele animal que embora possua uma residência fixa, tem livre acesso à rua, sendo assim um potencial vetor de zoonoses.

As gestantes podem contrair várias doenças. Uma delas, a toxoplasmose, que embora fora do período gestacional traga poucas repercussões, se contraída pela primeira vez nesta fase da vida, pode trazer conseqüência graves e até mesmo o óbito fetal. O médico obstetra tem particular preocupação com a orientação de gestantes devido ao risco de contaminação quando em contato com os felinos domésticos.

Existem algumas orientações que diminuem os riscos à sua saúde:
- Usar luvas de borracha e lavar bem as mãos após fazer jardinagem. A forma infectante do parasita da toxoplasmose pode viver por longos períodos de tempo na areia onde os gatos defecam;
- Usar luvas e lavar a caixa de areia do gato diariamente para que os ovos do toxoplasma não cheguem à etapa infectante;
- Lavar bem as mãos após ter contato com um gato;
- Evitar ingesta de carnes mal passadas, sempre bem cozidas;
- Beber leite pasteurizado, nunca cru;
- Lavar muito bem as mãos após manipular carnes e vegetais crus e antes de servi-los;
- Solicitar ao seu médico orientações sobre potenciais doenças durante a gestação e imunizações adequadas;
- Solicitar ao veterinário o máximo de orientações sobre cuidados que devem ser tomados com seu animal de estimação.

Apesar do conhecimento dos riscos existentes neste convívio, sabemos a importância da interação dos animais na vida de crianças e adultos, o que nos mostra ser fundamental as precauções para que possamos continuar esse contato saudável entre humanos e animais domésticos.

sábado, 19 de setembro de 2009

SETE DICAS PARA LARGAR O HÁBITO DE FUMAR


Em 1965 os americanos que compravam o cigarro de todo dia passaram a ter em mãos maços com os dizeres "Cuidado: o tabagismo pode ser perigoso para a sua saúde". A lei, que entrou em vigor na metade da década de 60 no País, foi criada no dia 24 de junho de 1964 e comemorou este ano 45 anos. O objetivo era atentar os fumantes para os perigos que as cerca de 4.720 substâncias tóxicas existentes na fumaça do cigarro representam à saúde.

Dados do Ministério da Saúde estimam que cerca de 200 mil brasileiros morrem anualmente em decorrência do tabagismo. É o fumo ainda que aumenta em dez vezes os riscos de câncer de pulmão, e em cinco as chances de infarto ou bronquite crônica, e de enfisema pulmonar.

O tratamento do tabagismo é regulado pela Portaria Nº 1035/GM, de 31 de maio de 2004, regulamentada pela Portaria SAS/MS/Nº 442 de 13 de agosto de 2004, e pode ser feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Àqueles que consomem mais de um maço por dia ou que fumam há décadas, o ideal é que procurem ajuda médica para largar o vício. "O tabagismo é uma doença. Nem todo mundo consegue parar de fumar sozinho, às vezes é preciso ajuda especializada", defende a cardiologista Jaqueline Issa, diretora do Ambulatório de Tratamento de Tabagismo do Incor de São Paulo.

Mas, aos chamados fumantes sociais, de fim de semana, ou que tem um consumo baixo de cigarros durante a semana, algumas dicas podem ajudar a apagar a última bituca no cinzeiro de casa. Confira abaixo sete dicas elencadas pela Dra. Jaqueline:

1) Tome a decisão definitiva de parar de fumar. Dúvidas como "Por que vou parar de fumar se vou morrer mesmo" ou "Fulano morreu e nem fumava" não levam a lugar algum e minam as chances de sucesso. Portanto, tenha em mente que você realmente quer parar.

2) Avalie seu grau de dependência. É importante ter a percepção de que você tem chances de conseguir parar de fumar sozinho ou se precisa de ajuda médica. Rotina e programas sociais contam muito na decisão.

3) Elabore uma estratégia, considerando circunstâncias que podem ser mais adequadas. Será que não fica mais fácil dar o primeiro passo nas férias, longe dos fumantes do trabalho? Ou o melhor é na rotina sobrecarregada da profissão? Escolha o que é melhor para você.

4) Inicie o processo de redução. Ir diminuindo o número de cigarros consumidos por dia pode ajudar a amenizar os sintomas da abstinência quando o dia D chegar.

5) Mude seus hábitos e faça exercícios físicos. É importante evitar situações "de risco", como happy hour e danceterias, lugares em que muita gente vai estar fumando ao seu redor. A prática de esportes com regularidade melhora sua qualidade de vida e a saúde do seu organismo.

6) Use pastilhas e gomas de nicotina. Vendidos sem prescrição médica, eles devem ser encarados como uma substituição ao cigarro. Esses subterfúgios ajudam a perder o hábito de fumar, principalmente em ambiente sociais.

7) É quase certo, que a ansiedade de quem está parando de fumar suba às alturas. Algumas dicas parar enfrentar os picos são: escovar os dentes com frequência, comer frutas, ter algo em mãos para poder rabiscar. Não fique parado. Quando a ansiedade bater, converse com alguém e tente se distrair.

Fonte: Sociedade Brasileira de Hipertensão - http://www.sbh.org.br/

sábado, 12 de setembro de 2009

Endometriose: você pode ter


Endometriose é uma das condições ginecológicas benignas (não neoplásicas) mais comuns. Caracteriza-se pela presença do endométrio (tecido que reveste o interior da cavidade uterina) fora do seu local normal, ou seja, em outras partes do útero ou em outros órgãos da pelve, mais comumente nas trompas uterinas, ovários, ligamentos, intestinos e bexiga (ver figura acima).

É conhecida como a doença dos contrastes, pois apesar de ser uma doença benigna, pode ter conseqüências importantes. O seu principal sintoma é a dor pélvica no período perimenstrual.

É uma condição dolorosa, pois mesmo se localizando na parte externa do útero, sofre a influência das oscilações hormonais. Isso significa que os focos de tecido endometrial, localizados fora do seu habitat natural, continuam sendo estimulados mensalmente, pela ação hormonal do ciclo menstrual e funcionam como “corpo estranho” ao local de implantação, provocando reação inflamatória ao redor de si, causando dor no período menstrual. Com o tempo, o processo inflamatório desencadeia a formação de aderências ao redor do foco de endometriose entre as estruturas vizinhas (intestinos e peritônio), dificultando a mobilidade e função da estrutura acometida, causando dor pélvica crônica e até infertilidade.

Embora você possa nunca ter ouvido falar dela, considera-se que a endometriose afete uma em cada dez a quinze mulheres em idade reprodutiva. A endometriose é freqüentemente diagnosticada pelos médicos durante a consulta ginecológica, durante algum procedimento cirúrgico ou na realização de exames de investigação de infertilidade. Para cada cinco mulheres que estejam tendo dificuldade para engravidar, duas têm endometriose. Caso sua mãe ou irmã tenham diagnóstico de endometriose, é sete vezes maior a chance de você também ter esse problema. Infelizmente, muitas mulheres deixam de procurar ajuda médica, acreditando que seus sintomas sejam normais, culpando a TPM. Outras não apresentam sintomas e só vão ter um diagnóstico quando iniciam a tentativa de engravidar. Sabe-se que a endometriose não é uma doença transmissível e não há até o momento maneira de realizar a sua prevenção.

Não existe explicação bem definida para a causa da endometriose, porém há duas teorias que podem estar envolvidas com o seu desenvolvimento: fragmentos do tecido que reveste o útero, ao se desprenderem durante a menstruação, vão para o exterior do útero pelas tubas uterinas; no peritônio, algumas áreas de células no exterior do útero transformam-se em áreas de endometriose sob a influência das oscilações hormonais do ciclo menstrual.

O sintoma mais associado a endometriose é a dor, que ocorre, em geral, na parte inferior do abdômen e na pelve e pode fazer com que a relação sexual seja dolorosa. A dor começa, com freqüência, antes do início da menstruação, piorando progressivamente até o início do sangramento, diminuindo, gradativamente, após. Se os implantes de endometriose estiverem localizados na bexiga ou no intestino, poderam causar sintomas urinários (ardência ou dor ao urinar) ou intestinais (diarréia ou evacuação dolorosa) durante a menstruação.

A dor, que é crônica, pode levar a problemas como cansaço, perda do sono, alterações de humor, depressão, tensão pré-menstrual e dor lombar. É importante causa de faltas ao trabalho.

O diagnóstico da doença é feito por uma operação que se chama laparoscopia, que permite ao médico examinar a parte externa do útero e os órgãos circunvizinhos a ele (veja foto abaixo).

Se você se identificou com o que acaba de ler, procure o seu médico. Quanto mais precoce for a intervenção, melhores serão os resultados no controle da doença e no futuro reprodutivo.

Fonte: http://www.endometriose.org.br/ e Livro: Rotinas em Ginecologia (HCPA/FAMED/UFRGS).

quarta-feira, 9 de setembro de 2009


O Ministério da Saúde lança a segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite no dia 19 de setembro. A meta é atingir cerca de 14,7 milhões de crianças – o que representa 95% das crianças menores de cinco anos. Em torno de 115 mil postos de vacinação, em todo o país, estarão envolvidos no processo. Leve o seu filho!