domingo, 23 de agosto de 2009

VOCÊ TEM RINITE?



Com a chegada da primavera, uma das doenças que pode aparecer com maior frequência é a rinite. A rinite é uma inflamação da mucosa do nariz que pode ocorrer de forma repetida. A causa mais comum é a sensibilização aos alérgenos inalantes, em especial a poeira domiciliar e os ácaros. Ela pode ser ainda classificada em alérgica e não alérgica.

A alergia é uma situação na qual o organismo apresenta uma resposta imunológica (de defesa) diferente da resposta protetora esperada, causando alterações indesejáveis. O termo “alergia” vem do grego “allos”, que significa alterações do estado original. Então, a alergia é uma reação específica do sistema de defesa do organismo à substâncias normalmente inofensivas. Pessoas que tem alergias frequentemente são sensíveis a mais de uma substância.

Quais as principais causas das Rinites Não Alérgicas?
As rinites não alérgicas podem ser causadas por: irritantes; bactérias e vírus; alterações motoras dos vasos do nariz (rinite motora); uso de medicamentos por tempo prolongado, principalmente os descongestionantes nasais tópicos; presença de pólipos nasais; rinites estruturais ou anatômicas, entre outras menos comuns.

Quais são os sinais e sintomas da Rinite Alérgica?
Espirros repetidos; coriza líquida, clara e abundante; coceira no nariz, nos olhos, nos ouvidos, no céu da boca e na garganta; nariz entupido e congestionado; olhos vermelhos, irritados, lacrimejando e coçando; secreção escorrendo da parte de trás do nariz para a garganta, que pode provocar pigarro ou tosse persistente (gota pós nasal); dificuldade para sentir odores ou sabores o que pode influenciar na diminuição do apetite; tosse crônica noturna; infecções respiratórias de repetição como sinusites, amigdalites, faringites e otites de repetição. É uma doença onde as pessoas costumam se auto medicar, e antes que você corra para tomar um anti gripal quando apresentar estes sintomas, considere que você possa ser alérgico.

O que devemos fazer para controlar a Rinite? Tem cura?
Além do incômodo que ela acarreta no seu dia-a-dia, prejudicando inclusive seu desempenho no trabalho e seu bem-estar, a rinite alérgica é considerada um fator de risco para asma. Estima-se que cerca de 75 a 80% dos pacientes com asma tenham rinite alérgica associada. Quando mal controlada também predispõe ao desenvolvimento de infecções respiratórias de repetição como otites, sinusites e amigdalites. Os medicamentos usados não curam a rinite, mas controlam seus sintomas. O tratamento é baseado no tipo de rinite que o paciente apresenta. Às vezes são necessárias várias tentativas para saber qual o melhor medicamento para determinada pessoa, mas existem várias opções e seu médico vai achar aquela que melhor se adapta ao seu caso. Por este motivo, a prevenção é fundamental. Para isto, devemos evitar o contato com as substâncias que causam alergia.

Existe tratamento com vacinas para a rinite?
A imunoterapia é eficaz, mas funciona somente em pacientes com rinite alérgica. O paciente deve ter o teste alérgico positivo para os antígenos usados nas vacinas. A aplicação das vacinas deve seguir critérios médicos e serão usadas por tempo prolongado. É provável que a necessidade do uso de medicamentos diminua, porém os cuidados ambientais deverão sempre ser mantidos.

Quais os cuidados que devo ter?
Evitar o contato com as substâncias que causam alergia; frequentar ambientes limpos e arejados; fazer sempre lavagens nasais com soro fisiológico ou soluções salinas vendidas em farmácias; utilizar produtos para higiene pessoal sem odores fortes, corantes ou substâncias artificiais desnecessárias. O sabonete e shampoo de glicerina são os mais indicados, pois causam menor irritação; o colchão e o travesseiro devem ser de espuma e cobertos com capa protetora; a limpeza dos quartos deve ser realizada pela manhã, pois até a noite as partículas dispersas no ar e os ácaros vão estar no chão e não “flutuando” no ambiente. Se possível, deve-se evitar animais dentro de casa.

Fontes: II Consenso de Rinites (Rev. bras. alerg. imunopatol. 2006); http://www.projetodiretrizes.org.br/; http://www.abc.med.br/

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